Se Corinthians não pagar prestação da Arena, Caixa será a ‘garantia’, diz BNDES

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Se o Corinthians mantiver a decisão de não pagar as prestações do financiamento de sua Arena, o que faz como estratégia para ampliar o prazo das parcelas, quem ficará responsável pela situação é a Caixa Econômica Federal, que também patrocina o clube.

Antes da partida contra o Grêmio, no último domingo, o ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez disse não ter pago prestação de abril do empréstimo contraído junto ao BNDES para a construção do estádio em Itaquera. E que não quitaria também a mensalidade de maio por causa da negociação para aumentar a carência de 19 para 36 meses – a cada 30 dias, o fundo que administra a Arena paga R$ 5,5 milhões pelo adiantamento. O clube alega que outras arenas da Copa iniciaram o pagamento das prestações mais tarde.

Ainda sem fechar a venda dos ‘naming rights’ (prometida para os próximos dias por Andrés), o Corinthians tem tido dificuldade para quitar o empréstimo de R$ 400 milhões que ajudou a erguer o estádio para a Copa do Mundo de 2014.

Mas o BNDES não fica de mãos abanando com o Corinthians sem pagar suas dívidas.

A Caixa Econômica Federal, que atuou como agente financeiro (intermediário), é quem “sofre” com isso, conforme explicou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ao ESPN.com.br.

A reportagem indagou o órgão se o atraso no pagamento pode implicar em algo ao clube alvinegro: “O financiamento de R$ 400 milhões aprovado pelo BNDES à Arena Itaquera S/A é uma operação indireta, que tem como agente financeiro repassador dos recursos do BNDES ao cliente final a Caixa. Como em toda operação indireta similar, o garantidor da operação ao BNDES é o agente financeiro”.

E se o atraso acontecer por mais meses? “O agente financeiro repassador dos recursos é o garantidor da operação junto ao BNDES”, explicou o órgão.

Andrés Sanchez, representante da Arena Corinthians, afirmou já ter pedido o aumento da carência para o pagamento do empréstimo à Caixa. O BNDES disse ainda não ter recebido qualquer demanda para que o prazo fosse ampliado.

“Um eventual aumento de carência tem de ser negociado entre o cliente final e o agente financeiro repassador dos recursos. Caso o agente aceite por tal extensão, deve submetê-la à anuência do BNDES. Até o momento, não houve nenhum pleito ao BNDES nesse sentido”, afirmou a instituição de fomento.

O ESPN.com.br enviou as mesmas perguntas à Caixa Econômica Federal, que não respondeu. “A Caixa Econômica Federal informa que as operações envolvendo a Arena Corinthians são protegidas por sigilo bancário, conforme prevê a Lei Complementar nº 105/2001”, justificou-se o banco.

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