Neste mês de julho inicia-se o pagamento da Arena Corinthians. Na primeira parcela, o Timão terá que desembolsar R$ 5 milhões de reais referente ao empréstimo do BNDES. E, à partir de 2016, serão R$ 10 milhões mensais para pagar com empréstimos realizados.
E a Fiel, com rumores da imprensa e principalmente as especulações ‘dos antis’, fica com uma pulga atrás da orelha: afinal, a Arena Corinthians conseguirá ser paga?
Para ajudar no entendimento, listamos 5 maneiras de como a Arena Corinthians será paga.
1. Bilheteria (+ média de R$ 3,7 milhões por mês)
Essa é a forma da Fiel Torcida ajudar o clube no pagamento do estádio. Considerando uma média de 35 jogos por ano, e uma renda líquida de R$ 1,3 milhão de reais, o Timão terá em um período de 12 meses cerca de R$ 45,5 milhões de reais, uma média de R$ 3,7 milhões mensais.
2. Propriedades (+ média de R$ 3,0 milhões por mês)
Com a Arena concluída, e a expectativa para isso é agosto de 2015, o Timão terá todo a estrutura para vender: camarotes, bares, lojas, cadeiras cativas, espaços para eventos, etc. A estimativa é de faturar R$ 36 milhões/ano com esse segmento, uma média de R$ 3,0 milhões mensais.
3. Naming Rights (+ média de R$ 1,6 milhão por mês)
Um dos assuntos mais angustiantes da torcida corintiana é quando trata-se da venda do direito do nome do estádio. O famoso naming rights até hoje não saiu do papel. Parte importante para ajudar no pagamento do estádio, o valor não “pesa” tanto na hora do pagamento da Arena. Isso porque, o valor pedido pelo Corinthians, de R$ 400 milhões de reais, é por 20 anos de contrato. O que dá cerca de R$ 1,6 milhão mensais.
4. CIDs (+ média de R$ 2,4 milhões mensais)
Mais do que o naming rights, o CIDs (Certificado de Incentivo ao Desenvolvimento) emitido pela Prefeitura de São Paulo para a realização da Copa do Mundo e a construção do estádio na zona leste da capital paulista é o fator de grande dor de cabeça à diretoria alvinegra. Isso porque, o promotor do Ministério Público, Marcelo Camargo Milani, entrou com um ação contra Corinthians, a Odebrecht, a Prefeitura de SP, e o fundo que administra o estádio, alegando improbidade administrativa.
Os CIDs emitidos, apesar de totalizarem R$ 420 milhões, deverão ser vendidos por valores abaixo disso. Estima-se que, após tudo liberado, conseguirão R$ 350 milhões com todos os certificados vendidos no mercado, o que daria uma média mensal, estipulando os 12 anos de pagamento do estádio, de R$ 2,4 milhões de reais.
5. Valor Total (- média de R$ 7,7 milhões mensais)
Muito se especula na imprensa, a própria diretoria corintiana dá números superficiais, mas estima-se que o estádio custará, ao todo, R$ 1,1 bilhão de reais. Levando em conta o prazo máximo de pagamento do empréstimo do BNDES (12 anos), a média mensal de pagamento da Arena Corinthians será de R$ 7,7 milhões de reais por mês ao longo desse período.
Fazendo uma conta simplista com base nas principais receitas, teríamos: #1 (bilheteria) + #2 (propriedades), uma média de R$ 6,7 milhões, ou seja, ainda falta R$ 1 milhão por mês para o Corinthians pagar o estádio tranquilamente. Por isso é importante as negociações de #3 (naming rights) e #4 (CIDs) serem realizadas e concluídas o quanto antes.
Conclusão
O estádio é caro? Sim. Mas hoje temos o melhor e mais moderno estádio de futebol das Américas. E já imaginou, ao ser quitado, toda esse renda convertendo ao Corinthians? Serão quase R$ 100 milhões de reais por ano de receita somente com o estádio, que poderá ser investido na equipe de futebol, nas estruturas do clube, em contratações e manutenções da equipe. Com o estádio pago, o Corinthians será ainda mais forte, se não imbatível, desde que nossos dirigentes tenha uma responsabilidade financeira até lá.
À Fiel Torcida, resta fazer o que sempre fez: ser a Fiel. Marcar presença no estádio, nos momentos bons e nos momentos ruins. Afinal, essa foi a última piada com que acabamos: a de não ter nossa própria casa.