“A gente aprendeu”: Corinthians sobe preços, afasta assédio e segura elenco

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  • Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

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Dentro de campo, a mudança do Corinthians de 2016 para 2017 é impressionante. De um time eliminado precocemente no Paulistão, na Libertadores e na Copa do Brasil, e apenas sétimo colocado no Brasileirão, a realidade hoje é de campeão estadual, dono de campanha sólida na Copa Sul-Americana e liderança disparada do Brasileiro ao fim do primeiro turno – só na Copa do Brasil é que a eliminação prematura foi lamentada. Fora de campo, a realidade também é nova, apesar de a diretoria ser a mesma desde fevereiro de 2015.

Ao contrário do que ocorreu ao longo do ano passado, quando houve duas fortes reformulações de elenco, em 2017 o mercado do Corinthians está menos agitado. Apenas cinco jogadores saíram, além de 11 empréstimos, e outros dez foram contratados. O último nome adicionado ao elenco foi do atacante Clayson, logo após o Paulistão, e não há pressa por novas contratações. Quanto às saídas, a ideia de manter os titulares tem sido colocada em prática. São as lições de 2016…

“A gente aprendeu com o que aconteceu. Não vamos cravar que será uma rotina, depende muito. Depende de o atleta ter compreensão quando a gente explica que recebeu uma proposta, mas ela não é boa para o clube. Já que não é boa para ambos os interessados vamos esperar uma nova. É um risco que tem que ser medido diariamente, falando aos representantes do atleta nossas ideias, apresentando projeção. É um trabalho diário”, conta, ao LANCE!, o gerente de futebol do Corinthians, Alessandro Nunes.

Nos últimos meses, o Corinthians rejeitou propostas por diversos jogadores: Guilherme Arana, assediado por Bordeaux (FRA), Sevilla (ESP) e CSKA (RUS), Rodriguinho, que foi alvo do Lokomotiv (RUS), e Balbuena, que teve proposta do Genoa (ITA) rejeitada. Em todos os casos, a diretoria alvinegra pediu mais do que o ofertado e afastou o assédio europeu pelo menos até o fim deste ano.

Foi assim que o Corinthians conseguiu segurar todo o elenco, ao contrário do que ocorreu no último ano. Para Alessandro, o planejamento organizado desde a pré-temporada também tem influência na boa fase. Especialmente pela participação ativa do técnico Fábio Carille.

“Primeiro a manutenção do Carille, que está tendo a primeira oportunidade como treinador profissional, mas já tinha nove anos dentro do clube. Para ele iniciar o trabalho com pré-temporada é um ponto, mas assumir na saída do Tite era outro peso. Tenho certeza que termos errado no ano passado em termos de treinadores foi fundamental para hoje podermos dar a segurança que o Carille tem. Se tivéssemos dado oportunidade após a saída do Tite não sei se teríamos segurado até dezembro, porque os resultados iam continuar oscilando. Tenho convicção que aqueles erros foram importantes para que no momento oportuno pudéssemos acertar”, diz o gerente de futebol, que admite os próprios erros cometidos no ano passado.

“A pressão do ano passado, na saída do Tite e do Edu, foram muitas coisas negativas acontecendo e pela pouca experiência que eu tinha era normal dificuldade nas funções. Mas é um aprendizado maluco, de ter concentração, frieza, não tomar decisões precipitadas. Não esperava viver um momento turbulento como aquele, mais ainda no fim do ano, na troca de elenco, de treinador. Esse peso só traria tranquilidade se viesse acompanhado de resultados, o que graças a Deus está acontecendo”, disse.

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