Além dos naming rights: a busca da Arena Corinthians por novas receitas

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Enquanto a diretoria vive a expectativa da assinatura da venda dos naming rights da Arena Corinthians, em negociação de cerca de R$ 400 milhões por 20 anos (R$ 20 milhões por temporada), o clube traça planos para conseguir aumentar outras receitas do estádio. Para isso, quer melhorar a experiência dos visitantes em dias de jogos. O tour pelas dependências do estádio, por exemplo, deve ser iniciado em maio após muita espera.

Perto de alcançar dois anos de operação na Arena, inaugurada em maio de 2014, o Corinthians ainda está longe de conseguir a arrecadação prevista pelos mais otimistas. Em 2015, acumulou R$ 90 milhões (R$ 7,5 milhões por mês). Menos do que os R$ 119 milhões traçados como meta no contrato com a BRL Trust, empresa que administra o fundo. Segundo a revista Época, o Timão pode até perder a operação do estádio em 2018 se não alcançar os valores previstos em contrato.

Gerente comercial da Arena há um mês, Felipe Chacon explica que um dos planos para obter mais dinheiro com o estádio é aumentar os atrativos dele, convidando o torcedor a passar mais tempo em suas dependências. O que, consequentemente, aumentaria os gastos com serviços.

– Queremos aproximar o que o torcedor tem na Europa ou nos EUA em outros esportes. Hoje abrimos a arena duas horas antes do jogo, mas pensando nele. Queremos, através de parcerias, gerar entretenimento para abrirmos quatro horas antes, é um projeto de médio a longo prazo. Buscamos distanciar o conceito arena do conceito estádio, onde o único evento é o futebol. Vai ter o tour, um test drive de motos, uma empresa pode lançar um carro no estádio, outras podem fazer degustação de alimentos. Temos muito fluxo de pessoas no local – projeta Chacon.

Com 73% de ocupação nos jogos, o Corinthians é o time que mais levou torcedores ao estádio em 2016, com uma média de 33.287 pagantes. A renda bruta já soma R$ 24 milhões.

Contratado no início deste ano para a área de marketing da Arena após experiências em clubes como Fluminense e Vasco, o publicitário Bernardo Pontes afirma que o trabalho também passa pela comercialização de espaços, venda de propriedades de mídia e trabalhos de ativação.

– Temos três frentes de negociação. A área corporativa, de comercialização de camarotes, Business Lounge, planos do Minha Nação para pessoa física e também a locação do auditório e das salas de convenção para eventos; temos a área de mídia, em que oferecemos visibilidade no telão, painel de LED, redes sociais, telas de banheiro e camarotes; e ainda a terceira frente que é a parte de ativação, com stands e trabalhos de entretenimento para empresas – explicou.

Em março, a Moto Honda assinou acordo por um ano para fazer sua publicidade no estádio, fechando um pacote com stands de divulgação, exposição nas propriedades de mídia e um pacote de cadeiras no Business Lounge. Os valores do negócio não foram revelados, mas é exatamente parceiros deste tipo que os corintianos buscam neste momento.

Em relação a eventos corporativos, Chacon garante que o departamento já bateu sua meta do ano nos primeiros meses de 2016. O estádio foi palco de uma feira automotiva, de eventos de empresas como a Unicef, de uma exposição de taças do torneio de Roland Garros e, atualmente, é até cenário da gravação de uma série de internet. E tudo isso gera receita para o fundo.

O jogo contra o Nacional, quarta-feira, pelas oitavas de final da Taça Libertadores, marcará o início das vendas dos camarotes do sexto andar, que ficaram prontos apenas neste mês. Dos 89 camarotes disponíveis no estádio, apenas 30% estão ocupados, segundo dados do clube.

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