Amarilla diz que cometeu um único erro no Corinthians x Boca de 2013

Paulinho Amarilla1

Carlos Amarilla sabe que errou na partida que eliminou o Corinthians da Taça Libertadores de 2013, nas oitavas de final, quando o time argentino venceu por 1 a 0 diante de uma série de marcações equivocadas do trio de arbitragem. Mas nega que tenha sido corrompido. Citado em uma escuta telefônica na Argentina, em que Julio Grondona mostrava influência na escalação dele para a partida, o árbitro paraguaio diz desconhecer as causas da citação.

“A verdade é que não temos nem ideia. Nós somos árbitros e respondemos à Conmebol. O senhor Nico apresentou uma nota para a Associação Paraguaia de Futebol pedindo desculpas e explicando a situação”, disse ele ao repórter Andre Hernan, em entrevista vinculada no “Seleção SporTV” desta quarta-feira.

O jogo em questão foi recheado de polêmicas. Depois da vitória argentina na primeira partida por 1 a 0, o Timão teve dois pênaltis não marcados, dois gols mal anulados e acabou eliminado após o empate por 1 a 1 em São Paulo. Hoje, dois anos depois, ele admite que o trio cometeu equívocos, mas se responsabiliza apenas pela não marcação de um dos pênaltis, em lance em que a Marin acertou a mão na bola.

“Posso dizer a eles (corintianos) que o futebol é um esporte de seres humanos, com virtudes e defeitos, no qual os jogadores se equivocam, os técnicos se equivocam, os dirigentes se equivocam, os jornalistas. Nós somos seres humanos e temos que decidir em milésimos de segundo e também nos equivocamos. O trio teve erros na partida, é verdade. No meu caso foi da mão. Está claro que os jogadores me cobriram, eu estava atrás da jogada, tanto assim que só um jogador reclamou”, afirmou.

Após os indícios de corrupção, a Comissão de Árbitros do Paraguai decidiu afastar Amarilla. Ao lado do auxiliares Rodney Aquino e Carlos Cáceres, ele está fora dos jogos do Campeonato Paraguaio. A fim de reverter a decisão, os advogados do árbitro estão em Buenos Aires tentando um documento na Associação de Futebol Argentino que diga que ele não tem nada a ver com as escutas telefônicas.

O documento será entregue à Associação do Futebol Paraguaio para que Amarilla e seus colegas voltem a apitar o campeonato local. A Conmebol ainda não se manifestou se vai abrir algum tipo de investigação contra o árbitro.

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