Amenizar desgaste e acelerar jogos: como o Corinthians pode crescer

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Quem assistiu ao duelo entre Corinthians e Chapecoense, na última quarta-feira, notou que o time da casa teve uma mudança de postura significativa do primeiro para o segundo tempo. No entanto, para que se repita com mais frequência a intensidade vista na etapa final, será preciso amenizar os efeitos do desgaste por conta da maratona de jogos. Aliar o ritmo adequado de jogo à melhoria física nas próximas pausas pode significar o crescimento do time.

Essa impressão de que o time melhora quando acelera o ritmo de jogo não é apenas do torcedor ou de quem observa de fora, pelo contrário, jogadores e comissão técnica têm a noção de que uma partida ‘morna’ não potencializa as qualidades da equipe corintiana. Cássio falou sobre essa postura mais impositiva após o confronto diante dos catarinenses.

– Acho que a gente buscou fazer o gol desde o começo. Acredito que a gente entrou um pouquinho devagar, de repente a gente poderia ter rodado, trabalhado mais a bola, porque a Chapecoense veio jogar por bola parada, colocou o time todo atrás, jogou por um erro nosso. A gente poderia ter imprimido um ritmo maior, tanto que quando a gente acelerou um pouco o jogo, a gente teve mais chances – argumentou o goleiro.

De fato, ele tem razão, foi com a entrada de Vagner Love após o intervalo, e com a tentativa de pressionar e sufocar o adversário que o Timão teve as melhores chances nos primeiros 15 minutos da segunda etapa, inclusive o gol marcado por Carlos Augusto, após finalização de Clayson de fora da área. Contudo, nem sempre é possível executar esse tipo de jogo, principalmente quando o maratona de compromissos mostra seus efeitos.

–  A gente se cobra muito para fazer sempre o melhor, para jogar sempre em alto nível. A gente está em uma pegada forte desde o começo do ano. Acho que de repente em algum momento pode ter batido um pouco o cansaço, fizemos um jogo seguro, um jogo organizado, tivemos oportunidades, criamos oportunidades, praticamente a equipe da Chapecoense não teve chances – ponderou Cássio na zona mista da Arena.

A opção pelo jogo mais seguro, de contenção, acaba sendo o mais prudente nas situações em que o corpo não permite a intensidade necessária para pressionar o adversário e conseguir os gols. Fábio Carille, em entrevista coletiva depois da vitória sobre a Chape, revelou não ter gostado do primeiro tempo e reforçou a melhora de seu time com a mudança de postura.

– O primeiro tempo nosso foi algo que eu cobrei, quando a gente não está bem, não pode ficar dando a bola para o adversário, esses passes simples. Então a gente também ficou mais com a bola, conseguiu rodar melhor, e por isso nós crescemos no jogo – afirmou o comandante.

Com o material humano que tem e a facilidade com que Carille parece conseguir mexer com seu grupo, fica a sensação de que no momento em que a parte física estiver recuperada e tiver todo o seu elenco à disposição, inclusive jogadores que ainda podem chegar, a utilização de uma estratégia mais agressiva no ataque, acelerando o jogo em alguns momentos, deve fazer a equipe crescer na temporada e se colocar ainda mais na briga pelos títulos.

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