Noventa conselheiros protocolaram um pedido de impeachment contra Augusto Melo nesta segunda-feira (26). O documento foi entregue a Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians.
O grupo, que alega ser apartidário, reúne líderes de várias correntes políticas do clube. A solicitação baseia-se em artigos do estatuto do Corinthians, da Lei Geral do Esporte e da Lei 9.613/1998.
As principais alegações envolvem a intermediação do contrato de patrocínio com a VaideBet, encerrado em junho. Também menciona o depoimento de Alex Cassundé, da empresa intermediária, à Polícia Civil.
Tuma Jr. tem cinco dias para encaminhar o pedido à Comissão de Ética e Disciplina (CED). Após isso, a CED terá cinco dias para confirmar o recebimento do documento.
Augusto Melo terá dez dias para apresentar sua defesa e provas necessárias após a aceitação do pedido. Se não houver defesa, a CED emitirá um parecer em até dez dias, que será entregue a Romeu Tuma Jr., iniciando o processo de deliberação.
Caso o parecer seja aceito, Roberson de Medeiros, presidente da CED, terá 30 minutos para expor o parecer. Melo terá o mesmo tempo para sua defesa oral.
Ao final, o Conselho Deliberativo votará o pedido de destituição. Se aprovado, uma Assembleia Geral de Associados será convocada em até cinco dias para finalizar o processo.
Quem assume em caso de impeachment?
Se Augusto Melo for destituído, Osmar Stábile, primeiro vice-presidente, assumirá o cargo. Na ausência dele, Armando Mendonça, segundo vice-presidente, assumirá temporariamente. Mas ambos ficarão no cargo de forma temporário.
O Conselho então será convocado para eleger um novo presidente até o fim do mandato. A eleição será indireta, com votos apenas dos conselheiros eleitos para o triênio 2024-2026 e não de todos os sócios do clube.