Contas pelo título? Carille não faz, mas arrancada corintiana já permite

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Que nunca houve na história do Campeonato Brasileiro disputado em pontos corridos um início tão bom quanto o do Corinthians em 2017 todo mundo já sabe. O discurso de jogadores, diretoria, comissão técnica e até alguns torcedores menos empolgados, no entanto, está alinhado: é cedo demais para falar em favoritismo, o título ainda está muito longe, não é hora de fazer contas, o campeonato é longo demais… Tudo bem, é longo, mas a arrancada corintiana já permite que alguns cálculos simples evidenciem que só uma queda de rendimento brutal fará o Timão não disputar o título de fato.

Até agora foram dez rodadas em que o Corinthians venceu oito e empatou duas, com 26 pontos somados e aproveitamento de 86,7%.

Pela frente restam mais 28 jogos, mais ou menos 3/4 da competição, e mais 84 pontos em disputa. Levando em consideração pontuação e aproveitamento de todos os campeões nacionais da década, o Corinthians precisa conquistar 61% dos pontos que estarão em disputa de agora em diante, muito menos do que o aproveitamento que detém no momento. Em outras palavras: o time do técnico Fábio Carille já tem 33% (ou um terço, para facilitar a compreensão) dos pontos necessários para ser campeão nacional em 2017.

A conta supõe uma média de 77,5 pontos para ser campeão (Palmeiras teve 80, Corinthians teve 81 e 71, Cruzeiro teve 80 e 76 e Fluminense somou 77) e 69,3% de aproveitamento (Palmeiras teve 70%, Corinthians teve 71,1% e 62,3%), Cruzeiro teve 78,2% e 66,7% e o Fluminense somou 67,5%) nesta década (de 2011 a 2016). Assim, basta somar uma média de mais 51,5 pontos de 84 em disputa até o fim, algo plenamente possível dado o desempenho avassalador do Corinthians nas primeiras rodadas.

Pode ser cedo para pensar em título, ainda mais considerando a abertura da janela internacional de transferências, o tamanho do campeonato e o risco de lesões, mas os números concretos falam por si: o Corinthians vive ótima fase na temporada, tem a melhor defesa e o segundo melhor ataque, é o melhor visitante, segundo melhor mandante, está invicto há 23 partidas e quebrou tabus de Vasco e Grêmio fora de casa. Algo importante está nascendo.

 

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