Corinthians tem pior relação entre lucro e dívidas em estudo com clubes

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  • Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

    Alessandro, Roberto de Andrade e Flávio Adauto, da diretoria do Corinthians

    Alessandro, Roberto de Andrade e Flávio Adauto, da diretoria do Corinthians

A situação financeira do Corinthians preocupa. O Alvinegro é, dentre os clubes brasileiros que fecharam 2016 com saldo positivo na conta, o dono da pior relação entre a capacidade de lucrar e o endividamento, tanto bancário como tributário. As informações são de estudo divulgado pelo Itaú BBA, que aponta uma situação delicada e que pode piorar se não houver uma reestruturação em um futuro próximo.

O cálculo é feito com base em uma medida chamada EBITDA recorrente – lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização recorrentes (de fontes seguras que podem ser repetidas em outros anos). Diante disso, são avaliadas quantas vezes esse valor “cabe” dentro das dívidas do clube.

No caso corintiano, as dívidas bancárias equivalem a 102 vezes o EBITDA recorrente do clube de 2016, pior marca dentre todas as equipes alvo do estudo que tiveram algum lucro no ano. Além do Corinthians, Atlético-MG (82,38), Atlético-PR (51,78) e São Paulo (15,25) estão marcados em vermelho, como clubes que precisam “urgentemente se reorganizar”.

A situação se repete com a proporção entre as dívidas financiadas no PROFUT e o EBITDA recorrente: o endividamento corintiano aqui corresponde a 2547% do seu resultado positivo recorrente.

Estudo aponta que condição financeira do Corinthians pode se deteriorar

O estudo coloca o Corinthians como um dos clubes que deixou a desejar na gestão financeira em 2016 e vive uma situação “muito díficil”. Segundo o levantamento, o Alvinegro vem abusando de receita de venda de atletas e das luvas de R$ 80 milhões que recebeu ao fechar novo contrato de transmissão com Globo.

Essas duas fontes de receitas não são recorrentes, e podem flutuar ou, no caso da TV, simplesmente não existir em 2017. Com isso, segundo o estudo, “se não houver uma gestão rígida no controle de gastos, a situação geral pode piorar”.

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