Derby acontece no dia do aniversário de histórica goleada do Palmeiras em cima do Corinthians

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Com ares de decisão, Palmeiras e Corinthians duelam na Arena Corinthians a partir das 17 horas (de Brasília) deste domingo (5 de novembro), pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. Coincidentemente, há exatos 84 anos, o Palestra Itália aplicou a maior goleada da história do Derby ao ganhar do arquirrival por 8 a 0.

Os efeitos do resultado atestam a dimensão da partida disputada no dia 5 de novembro de 1933. Ainda que os clubes fossem jovens, a rivalidade já era acirrada, a ponto de a derrota pelo Campeonato Paulista ter provocado a renúncia de Alfredo Schurig, então presidente alvinegro.

Romeu Pellicciari, um dos grandes ídolos palestrinos, comandou o triunfo de maneira impiedosa ao anotar metade dos gols do time da casa no Parque Antárctica, enquanto Imparato contribuiu com três tentos e Gabardo anotou mais um. A derrota é, até hoje, a maior da história corintiana.

“Uma grande tarde de Romeu”, estampou o suplemento esportivo do jornal A Gazeta em sua edição de 6 de novembro de 1933. “Toda a classe e superioridade do alviverde traduziram-se em tentos frente a um Corinthians frágil e tímido, o que constituiu uma contagem recorde para o clássico encontro”, noticiou o periódico.

De acordo com o jornal, o placar poderia ter sido ainda mais dilatado. “Todos foram a campo certos da victoria do Palestra, prevendo mesmo uma contagem grave. Contudo, a decepção corinthiana foi muito além. O quadro bancou a ovelha… E os oito tentos podiam ser mais… É esta a dolorosa verdade”, opinou o periódico, na grafia da época.

Apesar da goleada, o clássico apitado por Haroldo Dias da Mota transcorreu de maneira cavalheiresca. “Uma partida rica de disciplina”, precisou A Gazeta. O jornal falou em uma “exhibição academica” do Palestra Itália e descreveu Romeu Pelliciari como “o cérebro da turma, um realizador excepcional”.

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Para os corintianos, o dia seguinte foi marcado por intensos protestos. Houve a distribuição de um “manifesto, com dizeres extremistas, concitando os associados a irem à noite na sede para depor a directoria”, o que levou o clube a chamar a polícia. Pressionado, Alfredo Schurig, nome que batiza a Fazendinha, anunciou o “pedido de demissão colectiva” de sua chapa.

“Com o seu mais infeliz fracasso technico numa partida de futebol, o Corinthians foi abalado pelo maior choque interno de toda a sua carreira. Jamais se registrou em clube nosso uma agitação tão intensa, a ponto de os descontentes tentarem assaltar e empastelar a sede social”, noticiou A Gazeta no dia 8 de novembro.

Antes de deixar o comando do clube de maneira oficial, os dirigentes, cobrados pela torcida, publicaram um longo comunicado no periódico com o seguinte título: “A directoria do Sport Club Corinthians Paulista aos seus sócios e ao público esportivo de S. Paulo”.

“Deixando na data de hoje os destinos do Corinthians em outras mãos, formulamos os nossos mais ardentes votos para que consigam levar avante a tarefa gigantesca na sua administração. Recolhemo-nos hoje à tranquilidade dos nossos lares”, anunciaram os diretores, “tranquilos e de consciências satisfeitas”.

Alheio ao drama rival, o Palestra Itália bateu o São Paulo no jogo seguinte e ganhou o Campeonato Paulista 1933, o primeiro da era profissional. De quebra, ainda foi campeão do Torneio Rio-São Paulo. Oitenta e quatro anos depois, o Palmeiras tem a chance de, diante do arquirrival, entrar na briga pelo título brasileiro.

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Crédito da foto: Divulgação/Palmeiras

*Texto originalmente publicado no dia 05/11/2013 (com adaptações)

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