Diretoria e Carille adotam calma contra erros de arbitragem no Brasileirão

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  • Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

    Carille mantém perfil pacificador para tranquilizar elenco 'pilhado' após erros

    Carille mantém perfil pacificador para tranquilizar elenco ‘pilhado’ após erros

Nesta edição do Campeonato Brasileiro, mais uma vez os erros de arbitragem têm causado revolta de torcedores, jogadores e dirigentes. Entrevistas exaltadas e representações enviadas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) são algumas das estratégias que os clubes adotam para não serem mais prejudicados. No Corinthians, a regra tem sido outra: evitar o tema.

O próprio técnico Fábio Carille sempre teve como característica pedir para não comentar polêmicas envolvendo decisões da arbitragem após as partidas. Contra o Cruzeiro no último domingo, por exemplo, chegou até a entender o impedimento mal marcado que anulou gol de Balbuena no Mineirão. Essa postura ainda foi reforçada quando o treinador percebeu seu time pilhado demais com os árbitros desde o gol de mão marcado por Jô contra o Vasco da Gama.

Daquele episódio em diante, os atletas passaram a se preocupar demais com a arbitragem e temiam haver pressão contra o Corinthians devido à quantidade de críticas pelo gol irregular validado diante dos cariocas. Esse nervosismo foi traduzido em expulsões e reclamações fora do tom depois da eliminação para o Racing na Copa Sul-Americana. No dia seguinte, Fagner, um dos mais exaltados na Argentina, apresentou discurso mais tranquilo e condizente com a estratégia alvinegra ao longo da temporada.

A única vez em que houve uma reação mais generalizada no clube foi na partida contra o Flamengo, no primeiro turno do Brasileirão. Na ocasião, Jô teve gol anulado por impedimento mesmo estando atrás da linha da bola. O erro fez até com que Carille se manifestasse e com que a diretoria ensaiasse reclamações formais. No Twitter do Timão, foram registradas alfinetadas irônicas pelo equívoco no empate por 1 a 1. Em outros jogos, como os contra Cruzeiro e Coritiba, com impedimentos mal marcados, houve discrição.

Além de manter os nervos do time no lugar em relação à arbitragem, diretoria e Carille também trabalham para que o elenco não se desestabilize com o início irregular do segundo turno. O aproveitamento de pouco mais de 38%, as atuações ruins e a aproximação do Santos, vice-líder com oito pontos a menos, levantaram dúvidas sobre a resistência dos corintianos para sustentar a primeira colocação. Em vez de fazer cobranças duras para tentar um choque ou uma reação imediata dos jogadores, Carille novamente preferiu seguir seus princípios.

Ainda no vestiário do Mineirão, quando o time chegou a três jogos sem vitória na temporada, o treinador pediu a palavra e alertou para a queda de rendimento, mas mostrou confiança no grupo. Pediu que todos descansassem na folga que termina na tarde desta quarta-feira e agora espera deixar seus comandados em melhor estado físico, além de corrigir problemas de posicionamento e encontrar soluções para a má fase do setor ofensivo. 

“Faltam 12 rodadas e a gente está com uma vantagem de oito pontos, assim como virou o turno. Pode ser melhor! Se eu estou cobrando e vou ficar falando isso é porque sei e vocês também sabem. Eu nem vou falar de resultado, gosto de falar de desempenho e a gente sabe que pode ser mais. O campeonato vai ser difícil até o fim. Não fica escutando aí fora. Esquece isso. Vamos jogo a jogo”, discursou Carille, de forma serena.

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