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Marcello Zambrana/AGIF e Daniel Vorley/AGIF
Carille e Valentim medem forças no clássico mais importante dos últimos 16 anos
De um lado, o líder do Campeonato Brasileiro ávido por uma retomada na competição. Do outro, o rival em plena ascensão sedento por uma aproximação quase definitiva ao primeiro colocado. Na luta direta pelo título nacional, Corinthians e Palmeiras fazem neste domingo, às 17h (horário de Brasília), em Itaquera, o duelo mais decisivo do século 21.
A sete rodadas do término do Brasileirão, o Corinthians defende uma vantagem de cinco pontos em relação ao time alviverde. Parece muito, mas não é mais. Para se ter uma ideia, os adversários estavam separados por 14 pontos há 22 dias.
A perda da gordura ocorreu depois de o Corinthians registrar uma série de maus resultados. Em quatro jogos, a equipe somou apenas um ponto – no empate sem gols com o Grêmio em Itaquera (Bahia, Botafogo e Ponte Preta venceram o líder).
O Palmeiras, em contrapartida, vive a sua melhor fase no Campeonato Brasileiro. Em franca ascensão, o time treinador pelo interino Alberto Valentim conseguiu garantir dez pontos nos quatro duelos derradeiros – além de derrotar Atlético-GO, Ponte Preta e Grêmio, o alviverde empatou por 2 a 2 com o Cruzeiro na última segunda-feira, no Allianz Parque.
Rivalidade nas alturas
Mesmo com mais seis rodadas pela frente após a disputa do clássico, Corinthians e Palmeiras podem dar um grande passo rumo ao título brasileiro e, de quebra, atrapalhar o caminho do rival na luta pela taça. O líder, se vencer, abre oito pontos de vantagem. O time de Valentim, em caso de triunfo em Itaquera, diminui a diferença para apenas dois pontos.
Dessa forma, os rivais históricos voltarão a disputar um título entre eles depois de 18 anos. Em 1999, os times mediram força na final do Campeonato Paulista. Na melhor de dois jogos, o Corinthians levou a melhor.
No mesmo ano, o Palmeiras eliminou o time alvinegro nas quartas de final da Libertadores, que, depois, seria conquistada pela equipe alviverde. No ano seguinte, o último do século 20, o Corinthians voltou a cair diante do rival na competição continental – naquela oportunidade. Os palmeirenses garantiram vaga na final depois de vencer nos pênaltis.
A partir de 2001, Corinthians e Palmeiras só se enfrentaram em três disputas de mata-mata. Coincidentemente, todos eles pelas semifinais do Campeonato Paulista. O Corinthians derrotou o Palmeiras em 2003 e 2011, mas acabou eliminado pelo rival em 2015, plena arena de Itaquera.
Em 2011, o Corinthians se sagrou campeão brasileiro após um empate sem gol com o Palmeiras no Pacaembu. O confronto era válido pela última rodada da competição. Naquela oportunidade, apenas o time alvinegro tinha chance de faturar o título. O Palmeiras, por sua vez, ocupava a 11ª posição, sem chances até mesmo de buscar uma vaga na Libertadores.
Casa cheia e dúvidas
O duelo deste domingo terá um público superior a 44 mil pessoas – mais de 43 mil foram vendidos antecipadamente. Na véspera do clássico, 32 mil torcedores acompanharam o último treino do Corinthians no palco do jogo.
Na atividade, o técnico Fábio Carille manteve as alterações testadas ao longo da semana: Camacho e Clayson ganharão as vagas de Maycon e Jadson, respectivamente. Na lateral direita, Fagner está confirmado depois de superar dores no tornozelo.
No Palmeiras, há mais mistério. Alberto Valentim fechou o último treino e manteve dúvidas em três posições. O zagueiro Mina deve voltar ao time no lugar de Juninho. Bruno Henrique e Borja são favoritos para a titularidade – Jean e Willian, recuperado de lesão muscular, correm por fora.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS x PALMEIRAS
Data: 5 de novembro de 2017, domingo
Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Horário: 17h (de Brasília)
Competição: Campeonato Brasileiro (32ª rodada)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves e Elio Nepomuceno de Andrade (ambos do RS)
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Arana; Gabriel e Camacho; Romero, Rodriguinho e Clayson; Jô. Técnico: Fábio Carille
PALMEIRAS: Fernando Prass; Mayke, Edu Dracena, Mina e Egídio; Bruno Henrique, Tchê Tchê e Moisés; Keno, Dudu e Borja. Técnico: Alberto Valentim