Ex-diretor financeiro diz que dívida da Arena Corinthians é R$ 1,2 bilhão

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  • Ronny Santos/Folhapress

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Responsável pela gestão financeira da Arena Corinthians até a última semana, Emerson Piovesan comentou nesta segunda-feira (18) sobre a dívida do estádio. O ex-diretor afirmou que a pendência referente a financiamentos é de R$ 1,2 bilhão. Como mostrou o UOL Esporte no último dia 9, o Corinthians voltou recentemente a pagar parcelas de financiamento ao BNDES. 

“O estádio custou R$ 985 milhões. Eram R$ 820 milhões, e com adaptações da Copa, foi para R$ 985. Desse valor, há um valor presente e, acrescendo juros e o que pagamos, deve estar em R$ 1,2 bilhão”, disse Piovesan, que participou nesta segunda do lançamento de candidatura com Paulo Garcia e Flávio Adauto à presidência do clube.  

“Trabalhamos nessa gestão em negociação com a Caixa e a Odebrecht. Essa negociação tem que continuar para mantermos os pagamentos que estamos fazendo. Tem que se sentar com a Caixa e Odebrecht e seguir as negociações. É um projeto financeiro bem complexo, mas que tem solução e dependerá do esforço da nova gestão que virá. Tenho absoluta certeza de que é viável de realizar”, comentou Piovesan. 

Atualmente, o Corinthians paga à Caixa prestações mensais de R$ 2,5 milhões, além de juros e outros encargos. Segundo o novo acordo, esses valores mais baixos serão mantidos até 2020, quando as parcelas passam a se tornar maiores. O financiamento precisa ser quitado até 2028. 

“Com relação ao retorno dos pagamentos, foi um acordo que fizemos com a Caixa que, enquanto estivesse em negociação, a gente deveria pagar. Tínhamos recursos no Fundo, que faz a gestão financeira da Arena. Fizemos alguns pagamentos que estavam atrasados e, a partir de outubro, voltamos a pagar. Isso foi com a Caixa que reflete como agente financeiro do BNDES”, explicou Emerson. 

O Corinthians ainda negocia com Caixa e sobretudo a Odebrecht para que a construtora deixe a sociedade da Arena em um novo acordo. A empresa tem interesse em adquirir CIDs, os certificados de incentivo ao desenvolvimento. 

“As negociações continuam e temos vários pontos. É uma negociação muito complexa, de vários pontos. Existem os CIDs, que a gente trabalha também com a Caixa e a Odebrecht. Isso está sendo negociado e não é tão simples assim de se falar ‘está tudo resolvido’. Vai um tempo dentro dessa gestão e da próxima e acredito que só será na próxima que ficará resolvido”, comentou o diretor, que se desligou do clube na última semana por conta das eleições. 

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