Fabio Azevedo: após 7 a 1, uma nova geração mostra que veio pra ficar

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Não é a primeira vez que falo sobre o trabalho da nova geração, que defendo a permanência de alguns, como Zé Ricardo, no Flamengo, mas agora chegou a hora de abrir a caixa preta da desconfiança e dar um salto de qualidade com os novos profissionais. O 7 a 1 marcou o torcedor brasileiro, fez ele chorar, sofrer e repensar. O conceito futebol entrou em discussão. A exigência de mudança percorreu o país, com a mesma velocidade da Alemanha no Mineirão.

Virou uma exigência do torcedor que o futebol brasileiro precisava mudar. Três anos depois, o futebol brasileiro consolida novos trabalhos. Corinthians, Flamengo, Atlético-MG e Coritiba abriram as portas para a geração que está pedindo passagem: Fabio Carille, Zé Ricardo, Roger Machado e Pachequinho.

Todos viveram sob desconfiança. Ora por parte da mídia, ora dos torcedores. As diretorias viveram pressionadas e a cada mau resultado ou apresentação ruim, a lenha vinha forte nas costas dos novatos. Afinal de contas, temos paciência para o novo? Queremos, realmente, mudanças?

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O futebol precisa de, pelo menos, um ano de trabalho para mostrar bons resultados, não é uma ciência exata. No entanto, os dirigentes amadores e apaixonados se submetem à paixão e os erros vêm à tona a cada medida emergencial, aquela que dá uma satisfação aos corneteiros de plantão.

No Corinthians, Fabio Carille viveu à sombra do trabalho do Tite, mas sem o mesmo elenco que o treinador da seleção brasileira tinha à época quando foi campeão. Balançou, foi questionado, mas desbancou os favoritos e venceu, com folga, o Paulistão. E isso sem ter o melhor elenco nas mãos.

No Flamengo, Zé Ricardo ainda era visto como aposta, mesmo depois do grande trabalho realizado no Brasileirão do ano passado. As contratações feitas deram um peso maior a desconfiança sob o trabalho do treinador. O tempo está mostrando que o cara é capaz, tem o grupo na mão e não tem pressa em dar satisfação.

O Atlético-MG se dividiu entre Mineiro e Libertadores, mas as atuações na competição sul-americana começaram a pesar para que os olhares tortos fossem na direção do Roger Machado. Grande profissional como jogador de futebol, ele levou para a beira do campo a mesma seriedade e conceitos.

No Coritiba, o técnico Pachequinho assumiu depois de um turbilhão pela eliminação na Copa do Brasil. Paulo César Carpegiani era o treinador, mas coube ao ídolo do Coxa assumir a missão de vencer o Atlético-PR, time mais forte no Paraná. A vitória na primeira partida mostrou que o interino, efetivado durante o Estadual, tem tamanho para ser o técnico do time.

Vem o Campeonato Brasileiro e a desconfiança vai entrar em campo de novo. Bastam duas derrotas para a pressão voltar. Futebol precisa de tempo e ele tem sido aliado dos novos. Com muito trabalho, os medalhões, os conceituados estão ficando para trás.

Tem espaço para todos, mas é bom deixar claro que a nova geração, incluindo Rogério Ceni e Jair Ventura, veio para ficar no futebol brasileiro.

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