Fábio Carille chega ao Brasil com festa da torcida do Corinthians
Fábio Carille chegou ao Brasil nos braços da Fiel. Na noite deste sábado, o técnico de 45 anos desembarcou no país vindo da Arábia Saudita e foi recebido com festa por torcedores do Corinthians que compareceram ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Entre torcedores, curiosos e jornalistas, mais de 100 pessoas acompanharam a passagem do técnico pelo saguão do aeroporto. Carille ouviu gritos da torcida, tirou fotos e também respondeu a algumas questões.
– Muito feliz, desde quando começou a manifestação da torcida nas redes sociais, isso mexeu bastante comigo. A expectativa ainda é muito cedo para falar, segunda-feira vou me reunir com a diretoria para traçar os planos do ano que vem – afirmou o técnico.
– A responsabilidade é grande por tudo que aconteceu por um ano e meio como técnico, mas estou preparado junto com os atletas, diretoria e comissão para fazer um excelente ano – completou.
Técnico do Al-Wehda nos últimos seis meses, Carille foi anunciado pela diretoria do Corinthians há cerca de uma semana e substitui Jair Ventura, demitido ao término no Brasileirão. Ele acertou contrato até o fim de 2020.
Para conseguir o retorno do treinador, a diretoria do Corinthians topou pagar a multa contratual de 750 mil dólares. O valor corresponde a R$ 2,9 milhões na cotação atual.
Além de Carille, voltam ao Corinthians o auxiliar técnico Leandro da Silva, o Cuca, o preparador físico Walmir Cruz, o observador Mauro da Silva e o analista Dênis Lupp.
Veja abaixo outras respostas de Carille:
Status no retorno
– Feliz, totalmente diferente do que foi em 2017, uma dúvida grande, agora por tudo o que aconteceu, a expectativa deles é grande e tenho a responsabilidade de assumir e fazer um grande trabalho.
Que Carille volta ao Brasil?
– É o mesmo de sempre, não fazer nada de diferente, trabalhar muito, ficar 10, 12 horas no CT para deixar tudo organizado. Ciente de que a responsabilidade é bem maior.
Ramiro e outros reforços
– Vamos falar só do Ramiro agora. Desde que fui anunciado oficialmente, comecei a ficar em contato com a diretoria o tempo todo, o Ramiro é alguém que a gente já vinha conversando.
Por que voltou ao Brasil?
– Foi um trabalho curto, mas reconhecido, meu clube está em quinto, muito além das expectativas. Só tenho de agradecer ao povo saudita. As questões de estrutura estão muito devagar, estão trazendo aos poucos. É mais pela possibilidade da volta do que a saída por algo de errado na Arábia Saudita. Eles entenderam numa boa e foi bem tranquila a saída.
Do que mais sentiu falta?
– Esse calor, os equívocos da imprensa (risos). Algo que faz falta sim, trabalhamos nove anos e meio dentro do clube e sabemos como funciona. O carinho do torcedor faz uma falta bem grande.
Corinthians vai brigar por títulos?
– Temos de ser muito realistas com a situação do clube de não buscar estrelas, grandes jogadores, mas sim jogadores com perfil de Corinthians. Ramiro é um deles, faz várias funções, tem transição defensiva e ofensiva muito boa, 250 jogos com a camisa do Grêmio. Esse perfil estamos buscando para fazer um Corinthians bem forte.
Relação com Andrés Sanchez
– Não mudou nada, tenho um respeito muito grande. Um encontro em Londres foi por acaso, a Seleção estava lá e meu empresário também cuida do Gabriel Jesus. Pode ser que tenha começado ali, mas meu empresário (Paulo Pitombeira) fala pouco comigo. Sempre deixei claro que muitas coisas ninguém vai saber, e muitas vocês sabem. Foram coisas que foram somando, somando, e tomei minha decisão naquele momento (de sair). Será que se eu tivesse ficado, estaria até hoje? O time chegou numa final de Copa do Brasil, não foi tão ruim assim, mas precisa de muito mais.
Carille no Corinthians
Fábio Carille foi contratado pelo Corinthians em 2009 para ser auxiliar técnico permanente, quando a comissão era liderada por Mano Menezes.
No fim de 2016, depois de uma negociação frustrada com o colombiano Reinaldo Rueda, o presidente Roberto de Andrade decidiu efetivá-lo no comando.
Logo em 2017, Carille levou o Timão ao título paulista e à conquista do Brasileirão. Neste ano, venceu novamente o estadual. Em 114 jogos, foram 59 vitórias, 32 empates e 23 derrotas.
