‘Gigante’, ‘paredão’, ‘profeta’: conheça o criador das artes do Brasileirão

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“Dudu, o gigante”. “Cássio, o paredão”. “Hernanes, o profeta”. A CBF inovou na sua forma de divulgar a abertura do Campeonato Brasileiro e investiu em artes específicas para cada uma das 20 equipes que disputam a Série A. A intenção era destacar os ídolos – ou candidatos a tal – que entrarão em campo em 2019. Todos os desenhos foram retratados e tiveram a assinatura do mesmo artista: Luciano Freitas, de 37 anos, que falou ao LANCE! sobre as suas produções. 

– Foi uma experiência inédita, da qual fiquei muito orgulhoso! Naturalmente, durante todo o processo senti um misto de satisfação e medo, porque por várias vezes pensei: “nossa, esse jogador vai odiar isso” (risos), mas como não tive muito tempo para reflexões desse tipo, confiei no nosso trabalho em equipe e segui em frente. Acho que a ficha só caiu mesmo quando recebi por parte da equipe da CBF os feedbacks de alguns jogadores – contou. 

Também conhecido como Lu (que é a forma como assina seus desenhos), o artista é nascido e residente em Niterói, município do Rio de Janeiro. Formado em Publicidade e Propaganda, atua como designer gráfico e ilustrador freelancer. Atende a CBF desde o final de 2018 e nas horas vagas se dedica à produção das webtirinhas da Lena. Com futebol, uma nova experiência e novos desenhos. 

– Todos tiveram suas complexidades particulares, mas acho que o que deu mais trabalho foi a ilustração do Everton, o Cebolinha, porque a estética definida para as ilustrações não combinava com os traços clássicos do Maurício de Souza. Foi difícil me convencer daquele cabelo (risos). Cheguei a desenhar três versões até ser aprovada, primeiramente por mim e depois pela CBF – revelou. 

Luciano Freitas
Luciano Freitas é o criador das artes (Foto: Arquivo Pessoal)

A CBF teve a ideia no final de março e entrou em contato com Luciano, que teve um período de 30 dias para produzir as artes. Se Everton, do Grêmio, deu mais trabalho, o conceito de Gum, “o índio Condá” da Chapecoense, e o incrível Marlone, do Goiás, foram os de melhores concepção. Apesar de não criar expectativa sobre a “vitrine”, o artista admite que a busca pelo seu trabalho aumentou após fazer as artes para a entidade. 

– Embora estejamos falando da CBF, para quem já venho trabalhando desde o fim de 2018 e cujo Instagram já ultrapassa os 5 milhões de seguidores, eu não costumo vislumbrar uma “vitrine” nos trabalhos que faço, pois assim evito possíveis frustrações (risos). Mas a verdade é que desde que os desenhos foram publicados venho recebendo muitos pedidos.

Confira outras respostas da entrevista de Luciano Freitas ao L!:
 
LANCE!: Quanto tempo para produzir as artes?

Luciano: Tive aproximadamente um mês desde que recebi os pedidos. Foi importante manter a disciplina de, quase que religiosamente, desenhar um atleta por dia, já prevendo possíveis solicitações de modificações nos desenhos.
Oficialmente foi a primeira vez.
 
Havia uma pré-disposição de nomes ou ficou livre para escolher qualquer jogador do elenco?
A equipe da CBF já me apresentou uma lista com os 20 nomes e seus respectivos apelidos ou personagens a serem relacionados nos desenhos. Minha liberdade ficou mais na parte de composição mesmo, ou seja, definir as poses, cenários, cores etc.

Como foi a receptividade dos torcedores nas redes sociais? Teve gente te “cornetando”?
Sim, alguns poucos torcedores foram até o meu Instagram para perguntar por que eu desenhei determinado atleta e não outro, porque na opinião dele esse outro é melhor que o primeiro, enfim, coisas do tipo, mas a maioria esmagadora dos feedbacks que recebi foram parabenizando pelo trabalho. Fiquei muito feliz, mesmo!

Arte Luciano Freitas
Luciano foi o criado das artes do Brasileirão (Artes: Luciano Freitas)

Teve alguma ilustração, em específico, que te agradou mais no resultado final?
Eu gostei de todas, acho que conseguimos uma unidade bacana no geral, mas por conta da estética remeter a antigas HQs, a do Marlone como incrível Hulk foi a minha favorita.

Como foi o processo de criação?
O processo de criação da arte foi basicamente digital pelo tempo. Normalmente, uso o lápis para desenhar, tiro uma foto e depois jogo para o computador. Mas, pelo tempo, fiz digitalmente. 
 
Algum jogador entrou em contato contigo para falar sobre a arte?
Comigo diretamente não, mas recebi alguns feedbacks e agradecimentos por meio da equipe da CBF. O Dedé, do Cruzeiro, e o Daniel, do Avaí, chegaram a publicar em suas redes sociais marcando o meu perfil.

Quais foram o que te deram mais prazer em produzir?
Todos! Sabia que o trabalho só ficaria bacana se houvesse prazer envolvido. Por isso otimizei o tempo que tive para que o cansaço não atrapalhasse o processo. Um desenho por dia, às vezes até dois (um pela manhã, bem cedo, outro à noite)! Esse espaço de tempo entre um desenho e outro foi crucial para que as cargas de dedicação e satisfação fossem iguais para todos.

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