Há três anos, Corinthians era campeão da Copa Libertadores

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No dia 4 de julho de 1776, as Treze Colônias Britânicas aprovaram uma Declaração de Independência que os libertaram do domínio da Inglaterra, tornando-se um país livre chamado Estados Unidos. No mesmo dia 4 de julho, só que de 2012, um grupo de 25 jogadores comandados por um líder foram os novos responsáveis pela libertação de um povo. A Fiel, enfim, havia alcançado uma conquista tão sonhada e sofrida, adiada por anos. O Corinthians era campeão da Copa Libertadores da América pela primeira vez na história do centenário clube.

Foram tantos anos de perseguição à taça que talvez todos os corinthianos já tivessem imaginado o cenário perfeito para a libertação. Não poderia ser de uma maneira usual. Tinha de ser simbólica, histórica, marcante. Contra adversários fortes. Contra campeões. Contra multicampeões. A batalha seria árdua, suada, mas vencedora.

Durante toda a Libertadores de 2012, o Corinthians teve de vencer traumas. De superar as oitavas de final. De bater um brasileiro campeão da competição. De passar à final. Enfim, de ser campeão. Os libertadores alvinegros não se importavam se os outros não acreditavam neles. A Fiel tinha total crença neles a cada confronto vencido.

E foram vários duelos heroicos, desde o início. Logo na estreia, um empate no último minuto na Venezuela. Nas oitavas de final, um jogo sem gols que foi uma verdadeira batalha, e os libertadores corinthianos não se renderam. Nas quartas, uma defesa salvadora que deu força ao grupo para a vitória nos momentos decisivos. Na semifinal, o confronto contra uma artilharia muito perigosa, que foi neutralizada com eficiência. O caminho era difícil, mas foi aberto com incrível competência.

Havia chegado a batalha final. Talvez fosse o sonho de toda a Fiel. O adversário mais temido, que já tinha devastado diversas equipes brasileiras. Boca Juniors, o multicampeão da Libertadores. Só que não havia bicho-papão para aquele Corinthians de 2012. O que foi demonstrado na casa dos argentinos, La Bombonera, foi ratificado no Pacaembu, ao lado de mais de 37 mil corinthianos, que deram a força necessária para o ataque final em busca de um sonho.

Cada integrante dessa missão libertadora tinha importância, já que nada funcionaria sem o coletivo. Mas toda estratégia acaba centralizada em uma função, em uma pessoa. Alguém teria de colocar a bola na rede no dia 4 de julho de 2012. Isso ficou a cargo de Emerson.

Foram duas bolas. A primeira deixou o sentimento em todos de que, sim, aquele seria o dia da libertação. A segunda foi o golpe final que libertou a Fiel de vez. Ainda faltavam alguns minutos para o fim da batalha final, mas o adversário já estava rendido. O grito de liberdade ecoava no Pacaembu.

Uma conquista épica, sem derrotas, incontestável. Assim como em 1776, a história foi escrita naquele 4 de julho de 2012. Libertados!

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