Incubadora de talentos corintianos brilha na Série B e pode ajudar Carille

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  • Levi Bianco/Brazil Photo Press/Folhapress

    Guilherme Romão (à direita): um dos destaques do Oeste na campanha na Série B

    Guilherme Romão (à direita): um dos destaques do Oeste na campanha na Série B

Com seis partidas de invencibilidade e a quatro pontos do grupo de acesso, o Oeste é uma das equipes de destaque da Série B 2017. Um ano depois de ser rebaixado à Série A-2 do Paulistão e de brigar contra a queda à terceira divisão nacional, o time que precisou se mudar de Itápolis para Barueri também é uma espécie de incubadora de talentos do Corinthians, que acompanha o desempenho dos jogadores emprestados com atenção. 

São três os jovens que pertencem ao Corinthians e estão emprestados ao Oeste até o fim da Série B: o lateral esquerdo Guilherme Romão, 19 anos e com vínculo até abril de 2020; o atacante Gabriel Vasconcelos, 21 anos e com contrato até o fim de 2018; e o zagueiro Rodrigo Sam, 22 anos e também vinculado até dezembro de 2018. 

Dirigidos pelo treinador Roberto Cavalo, os três têm tido papéis importantes na campanha. Romão e Vasconcelos são titulares absolutos, enquanto Sam é uma espécie de coringa, capaz de atuar em três posições. Mauro Guerra, diretor de futebol do Oeste, explica a importância deles na equipe que também tem veteranos conhecidos como os atacantes Mazinho e Robert, ambos ex-Palmeiras.   

“Gabriel é um jogador incansável. Ele começa o jogo a 120 [km] por hora e termina a 140 [km/h]. Esse é o ponto forte dele, porque além de ser rápido é incansável. Taticamente, o treinador adora jogador assim”, explicou sobre o centroavante, que foi goleador da Copa São Paulo, mas hoje atua como ponta, em uma posição que pouco executou no Corinthians. 

“O Guilherme Romão é muito bom tecnicamente, é dedicado, mas teve uma lesão e isso o atrapalhou um pouco, mas retomou. Contra o Londrina (quarta), sofreu pênalti e foi um dos destaques. O Sam também não jogou tanto por contusão. Teve um problema de saúde na chegada, depois entrou no time. É versátil, jogou em três posições. Lateral direito, volante e zagueiro. Hoje já está ‘na boca do leão’, quando entrar vai dar conta do recado”, concluiu Guerra.

Eduardo Anizelli/Folhapress

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Gabriel Vasconcelos é um dos corintianos emprestados ao Oeste

O Oeste paga os salários dos três jovens, conforme explicou o diretor, que cita o histórico de relacionamento com a direção corintiana. “Esses três jogadores do Corinthians têm nos ajudado muito. Podemos chamar assim, vai, de uma parceria antiga. Já tivemos anteriormente o Léo Príncipe. A gente fica monitorando a Copa São Paulo, vendo os jogadores que se destacam, porque o clube não consegue absorver tudo isso”, conta Guerra, que também tentou neste ano a chegada de outra promessa corintiana, o volante Guilherme Mantuan, mantido no Parque São Jorge também por conta de uma lesão.   

O gerente de futebol corintiano Alessandro Nunes, entretanto, frisou que o Oeste é um dos clubes com os quais o Corinthians tem bom relacionamento. Atualmente, são 18 atletas emprestados a diversas equipes. “Tivemos esses três empréstimos conforme a necessidade da comissão técnica do time de Itápolis, mas não há tratamento diferenciado. Temos atletas nessa condição na Ponte Preta, no Vasco, no Santa Cruz, entre outros. Nossa observação é constante em todos os clubes”, disse à reportagem. 

Eles podem voltar ao Corinthians em janeiro?

Hoje, dos jogadores emprestados ao Oeste, aquele com mais possibilidades de retorno é o lateral esquerdo Guilherme Romão, campeão da Copa São Paulo deste ano. A promoção dele ao grupo profissional já é cogitada pelo Corinthians desde janeiro, mas dependerá de alguns fatores: uma eventual venda de Guilherme Arana, o desempenho dos reservas Marciel e Moisés e a própria evolução de Romão no clube de Barueri.

A princípio, Gabriel Vasconcelos e Rodrigo Sam, campeões da Copinha 2015 e que chegaram a trabalhar sob o comando de Tite naquele ano, têm possibilidades menores de retorno ao grupo principal em 2018, salvo pela já discutida formação de um elenco de apoio na categoria sub-23.

Gabriel, em empréstimos anteriores a Joinville e América-RJ, não havia rendido bem. Sam, por sua vez, se destacou no acesso do Água Santa na Série A-2 do Paulistão e foi até eleito para a seleção ideal do torneio. A tendência é que eles sejam de novo emprestados e tenham sua evolução acompanhada.

Oeste também aposta em Matheus Cassini

Na última semana para inscrições de atletas na Série B, o Oeste fechou acordo por duas temporadas com Matheus Cassini, 21 anos. Ele atuava ao lado de Gabriel e Sam no Corinthians campeão da Copa São Paulo, mas teve trajetória irregular desde que foi vendido ao Palermo-ITA. O meia passou por diversos clubes, sem sucesso, sendo o Santos sub-23 o último desses times. 

“Cassini foi um destaque de base também. Em jogador assim é importante acreditar, porque a transição base e profissional é doída e nem todo mundo dá o impulso rápido. Ele é habilidoso, técnico e faz uma função onde os talentos são raros. Quando surgiu esse nome, nos interessou e acabamos trazendo”, destacou Guerra. 

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