Marketing agressivo no clube e na Arena Corinthians: os planos de Rosenberg

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Além do retorno de Duílio Monteiro Alves à diretoria do futebol do Corinthians, a eleição de Andrés Sanchez para a presidência do Timão traz de volta ao clube Luis Paulo Rosenberg, profissional que será responsável pelos departamentos de marketing e comunicação do clube.

Além disso, será dele a responsabilidade de sentar à mesa para renegociar os contratos da Arena com Odebrecht e Caixa Econômica Federal.

Há cinco anos fora do clube – desde que entregou o cargo de vice-presidente na gestão Mário Gobbi Filho –, ele volta ao Parque São Jorge nesta segunda-feira e promete inovar para conseguir um patrocinador máster para a camisa e, da mesma forma, tentar vender o nome da Arena.

Confira a entrevista:

GloboEsporte.com: Quais serão suas atribuições na volta ao Corinthians?
Rosenberg: 
Conversei com Andrés antes da eleição, mas claro que precisamos botar a mão na massa para ver o que está acontecendo. A ideia é integrar numa única unidade o marketing do clube, o marketing da Arena e a comunicação social.

Qual as estratégias para conseguir patrocinadores?
 As diretrizes são as mesmas que a gente tinha antes, do marketing voltado para gerar receitas de uma forma bem agressiva, nunca ficar esperando receber propostas. É ir atrás, admitir parcerias com empresas de marketing esportivo de credibilidade e se preocupar com a valorização da marca.

Qual será o foco do Corinthians no mercado?
– Temos de procurar parceiros que sejam de nível parecido com o do Corinthians. A força da marca é muito grande, é só ser agressivo que o resultado deve vir.

O que mais se pode esperar do Corinthians?
– Atividades sociais, ecológicas e algo achamos importante, que é a atividade com os demais clubes, tanto em legislação como na união de esforços para melhorar o futebol, a segurança nos estádios. Nas redes sociais, quero acelerar a ideia de tornar o Corinthians o clube mais ativo das redes.

Como será o seu papel para resolver as questões financeiras da Arena?
– Temos de fazer a recomposição da dívida, isso envolverá todos os interlocutores do financiamento. Temos a Prefeiura com os CIDs, o BNDES como provedor primário dos recursos, a Caixa como responsável pelo financiamento e a própria Odebrecht. Esse esforço já começa nesta semana e a base da negociação tem que ser o postulado que a gente adotou quando Andrés decidiu tocar o estádio: o custo é R$ 450 milhões. Tudo mais que foi feito aconteceu em função da Fifa. Vamos tentar construir uma negociação justa com todos e operacional com o Corinthians.

E o que mais será feito com a Arena?
– Um ponto central que vai marcar a gestão é que essa Arena é um marco da virada da Zona Leste. Claro que os eventos mais importantes são os jogos do Corinthians, mas é nossa obrigação transformar a Arena em ponto de lazer de congregação social da Zona Leste. Vamos ter que fazer shows com ajudas de parcerias, no mínimo, semanalmente, nunca usando o gramado. Temos uma área externa no estacionamento descoberto e na entrada leste que dá para fazer shows brilhantes. Não da Madonna, mas que atraiam a população local.

Mais que isso, queremos fazer um parque de prática de esportes, com treinamento de crianças. Colocar a Arena na vida esportiva e social da Zona Leste. Temos que ativar a realização de convenções, casamentos, atividades culturais no nosso centro de convenções. Uma coisa que o Andrés viu na Argentina é que o estádio do River Plate tem uma universidade. Isso dá outra atmosfera para o estádio. Vamos procurar parcerias. O objetivo é fazer da Arena um point.

Isso atrairia mais recursos para a Arena?
– O estádio assim vai ganhar uma substância, e a valorização dele como exposição de marca vai nos permitir fazer acordos comerciais mais agressivos de venda de espaços, camarotes e áreas em que podemos ter restaurantes, área de convivência para a exposição de montadoras ou lançamentos de produtos. Isso que vai atrair a venda do naming right.

É possível vender os naming rights?
– Tem que ser a cereja do bolo. É muito difícil, eu reconheço, mas só vamos conseguir grandes patrocínios quando tivermos muito mais que 40 eventos no ano, que são os jogos do Corinthians. Se aquilo for usado o ano inteiro, todos os dias, com uma população do tamanho da Zona Leste, que é a maior de São Paulo, mudaremos o relacionamento empresarial.

O empresário ainda tem interesse em investir no Corinthians?
– Sabemos o que anima e o que desestimula o empresário no futebol. O que anima é a fidelidade do torcedor à marca. O que aterroriza é ver a marca ameaçada com uma postura antissocial, a escândalos e envolvimento com violência. Isso temos que construir. Mostrar que a marca Corinthians tem policiamento e regras de gestão, transparência, compliance, garantias e padrões. Temos que ter gente com credibilidade no Corinthians. E tudo fica mais fácil pensando em 2018, um ano que o país vai crescer em 3%, comparado com a queda econômica dos últimos anos.

Por fim, é possível trazer um novo Ronaldo para o futebol?
– Andrés nos dá carta branca no marketing porque acredita que temos condições de fazer muita coisa, mas a gente não se mete no futebol. Se o departamento encontrar um grande nome, os manuais que usamos para contratar o Ronaldo seguem sendo atualizados para entrar em campo.

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