Bonzinho? Rodrigo Caio quadruplica cartões de 2016 antes de reencontrar Jô

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  • Marcello Zambrana/AGIF

    Rodrigo Caio e Jô são personagens principais do Majestoso em 2017

    Rodrigo Caio e Jô são personagens principais do Majestoso em 2017

São Paulo e Corinthians se enfrentarão pela sexta vez nesta temporada. E novamente os holofotes estarão voltados para Rodrigo Caio e Jô. Mais de cinco meses após o zagueiro se acusar para a arbitragem e evitar o cartão que suspenderia o corintiano da segunda semifinal do Campeonato Paulista, o assunto fair play segue em alta. De um lado, o atacante enfrenta críticas por ter feito gol de mão sobre o Vasco da Gama e ter custado a admitir a irregularidade. Do outro, Rodrigo tenta melhorar a imagem perante a torcida tricolor, que voltou a taxá-lo como um jogador “bonzinho demais” depois do episódio em abril.

Até o caso do fair play no Paulistão, Rodrigo gozava de prestígio elevado no São Paulo, sempre colocado entre os líderes do elenco e melhores zagueiros do país, com esperança de representar o clube na Copa do Mundo de 2018. Ao “livrar” Jô de suspensão, o cenário mudou, a confiança caiu e o camisa 3 passou a ter também como adversária a dificuldade do Tricolor em se organizar na defesa, deixando a última linha de marcação quase sempre exposta. Tanto com Rogério Ceni quanto com Dorival Júnior, a equipe apresentou número elevado de gols sofridos (67 em 50 jogos) na temporada.

A exposição fez com que Rodrigo e os outros zagueiros do elenco precisassem recorrer às faltas com mais frequência do que era visto nos dois últimos anos, quando o time terminou o ano com média de gols sofridos pouco maior do que um por partida. Rodrigo, por exemplo, havia levado apenas dois cartões amarelos em 2015, quando atuou 29 vezes. Em 2016, foram três amarelos em 47 jogos, sem ficar suspenso nenhuma vez. Nesta temporada, já são 12 amarelos em 40 compromissos pelo Tricolor. Somando todos os zagueiros do São Paulo, foram 19 cartões em 50 jogos neste ano, contra 27 em 71 em 2016.

Embora a confiança esteja abalada, Rodrigo em nenhum momento mudou o resto de seu estilo de jogo. E é elogiado pela comissão técnica por essa frieza diante da pressão vivida pelo clube paulista. O beque continua a sair jogando sem chutões, a evitar discussões com árbitros e rivais e sem apelar para faltas duras. Essa lealdade, inclusive, já fez com que o técnico colombiano Juan Carlos Osorio o comparasse a jogadores de rúgbi. Agora, é Dorival Júnior quem tenta blindar Rodrigo, o bancando no time mesmo com pressão da torcida e do reencontro com Jô.

“Acho que correrá tudo de forma normal. A partir do momento que a bola rolar, tudo isso será esquecido. É natural que esse assunto tenha sido muito batido novamente, são fatos acontecidos e não podemos penalizar apenas um profissional e um ser humano como o Jô por uma atitude [o gol de mão]. Atitudes como a do Rodrigo poderiam ser mais frequentes em nosso meio, mas isso envolve muita coisa até no nosso país. Mas são situações que estamos começando a viver e entender um pouco mais. Que a melhor equipe leve o resultado, sem polêmicas, problemas e agressões”, disse o treinador são-paulino.

Estatísticas de Rodrigo Caio

2015
29 jogos
1 gol
1 assistência
2 cartões amarelos

2016
47 jogos
4 gols
1 assistência
3 cartões amarelos

2017
40 jogos
1 gol
1 assistência
12 cartões amarelos

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