Corinthians funciona com mudança de Cristóvão, mas ainda dá sustos; análise

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A vitória do Corinthians por 2 a 1 sobre o Santa Cruz, neste sábado, na arena, deixa o time no G-4 do Campeonato Brasileiro e na caça aos líderes da tabela. Até aí, tudo ótimo. Mas a equipe treinada por Cristóvão Borges não precisa passar por tantos sustos assim… Uma falha grave de Cássio não deveria, mas quase derrubou o Timão na partida.

Para Cristóvão, o jogo valeu pelo primeiro tempo – a mudança tática proposta pelo técnico, com a entrada de Luciano e a saída de Guilherme, deixou o time com mais volume de jogo no ataque e gerou dois gols, um de cada atacante. Luciano e Romero marcaram e deram alento à diretoria, que está em busca de um centroavante.

Emocionalmente, porém, há o que melhorar. Assim como no jogo contra o Atlético-MG, quando perdeu por 2 a 1, o time caiu demais depois de uma falha individual. Tanto Pedro Henrique, quarta-feira, quanto Cássio, no sábado, sentiram muito os erros. E a equipe não soube se levantar depois disso. O Santa Cruz perdeu pelo menos duas boas chances de empatar.

O Timão chega aos 16 pontos na tabela do Brasileiro e volta a campo na próxima quarta-feira, contra o América-MG, em Belo Horizonte. Cristóvão terá pouco tempo para trabalhar a cabeça de seu time.

O jogo

A estrutura foi praticamente a mesma dos últimos jogos, mas houve diferenças na maneira de jogar. Não eram mais três meias na linha ofensiva. Romero, pela direita, teve liberdade para se lançar como um ponta e invadir a área para ajudar Luciano. Giovanni Augusto, agora centralizado, mostrou que pode ser o armador do qual o Timão precisa.

Com a alteração, Cristóvão tentou melhorar a finalização das jogadas do Corinthians. Para uma primeira experiência, deu certo. Foram 16 arremates a gol, sete deles no primeiro tempo.

A todo momento, a defesa do Santa Cruz foi incomodada. Na arena, a torcida percebeu essa pressão e demonstrou apoio – principalmente ao zagueiro Pedro Henrique, que teve um erro decisivo na derrota para o Atlético-MG.

Outra diferença, menos notada, é a preferência pelo lado oposto. Enquanto o Corinthians de Tite confiava muito em Fagner, na direita, o de Cristóvão dá mais liberdade a Uendel na esquerda, principalmente quando há tabelas com Marquinhos Gabriel e Giovanni Augusto.

Uendel apareceu na linha de fundo, na área, teve gol anulado e deu assistência perfeita para Luciano abrir o placar e quebrar um jejum de dez meses sem gols – o último havia sido em agosto de 2015. Fagner ainda é peça-chave, mas tirar o peso do lateral-direito significa que o time terá mais opções para desamarrar jogos apertados.

O volume de jogo no ataque melhorou, e a presença de área também. Não fosse isso, Luciano não teria se deslocado para a esquerda quando recebeu outro passe de Uendel – desta vez, o atacante olhou para a pequena área, tirou de Tiago Cardoso e viu Romero em condição de marcar. Ele tocou na bola e fez o segundo gol. Sem a mudança, dificilmente alguém estaria ali, na cara do gol, onde o paraguaio estava.

O susto

O equilíbrio emocional do Corinthians foi colocado à prova quando Cássio falhou ao dominar um recuo de bola e viu Grafite diminuir o placar o início do segundo tempo. Faltavam quase 40 minutos para o fim da partida, e o time alvinegro praticamente parou após o gol sofrido.

Ao lado de Danilo, que está machucado, Cássio é o jogador mais experiente e vencedor do atual elenco do Corinthians. Quando ele não está confiante, o grupo percebe e se deixa abater. O goleiro vem passando por problemas pessoais, como a perda da avó, mas tem sido titular porque Walter se recupera de lesão na coxa.

No setor ofensivo, a bola começou a queimar nos pés dos atacantes. Cristóvão mostrou mais uma vez sua característica: é de mexer pouco, e demora quando mexe. Foram 15 minutos entre o gol de Grafite e a primeira alteração. Lucca substituiu Giovanni Augusto e deixou o time com três atacantes, com Marquinhos Gabriel na armação central.

Nem assim o Corinthians conseguiu segurar a posse de bola. O Santa, com Keno, teve boas chances pelo lado esquerdo, sempre recebendo nas costas dos zagueiros e laterais. É importante lembrar que o time de Cristóvão joga com a linha defensiva bem adiantada. Um risco desnecessário, que o Corinthians não deve pensar em passar dentro de casa.

12 comments
  1. Torcedores hipócritas, quando o time joga bem é todo mundo “aqui é Corinthians, rumo ao hepta e blá blá blá… ” quando perde é todo mundo xingando, querendo tocar fogo no ct querendo fazer protesto.

    Cristóvão tá no começo do seu trabalho, o jogo foi razoável contra o Santa, porém conquistamos os 3 pontos.

    Sejamos paciente.

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