Discreto e decisivo, Danilo revive 2005 com brilho em semifinal

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O torcedor do São Paulo se lembra bem do clima que cercava a semifinal da Copa Libertadores de 2005 contra o River Plate. O time argentino, dono da melhor campanha do torneio, era temido e fazia o segundo jogo em Buenos Aires, onde o time tricolor não tinha bom retrospecto. Mas um improvável personagem surgiu nas duas partidas, abrindo o placar tanto na vitória por 2 a 0 no Morumbi como no triunfo por 3 a 2 no Monumental de Núñez. Um personagem que reviveu a própria história nesta quarta-feira, desta vez com a camisa do Corinthians: Danilo, autor do gol que eliminou o Santos na semifinal.

O meia canhoto, de estilo cadenciado, passes simples, porte físico e força no jogo aéreo vive no time alvinegro uma trajetória bem parecida com a que marcou sua vitoriosa passagem pelo Morumbi. A forma discreta de jogo, sem dribles mirabolantes, arrancadas ou lances de efeito, não cativou as duas torcidas de início – contestado e tachado de lento, ele precisou convencer os torcedores aos poucos. E conseguiu, com atuações aplicadas para o time e gols decisivos.

O chute colocado para vencer Rafael e estufar as redes do Santos, após um domínio calmo e controlado dentro da área adversária, foi mais uma mostra da vocação de Danilo para crescer nos momentos que mais importam. Foi o quarto gol dele na Libertadores: os outros haviam sido na primeira fase, sempre abrindo o placar, nas vitórias sobre Nacional-PAR (2 a 0), Cruz Azul-MEX (1 a 0) e Deportivo Táchira-VEN (6 a 0).

O desempenho, inclusive, já é superior ao da campanha do título são-paulino da Libertadores 2005. No torneio de sete anos atrás, o então camisa 10 tricolor marcou “só” três vezes, mas sempre em momentos de tensão: abriu o placar na estreia contra o The Strongest-BOL (3 a 3) e marcou os já citados gols diante do River, em duas finalizações típicas – no Morumbi, um chute cruzado de fora da área, e na Argentina, uma cabeçada certeira após cobrança de escanteio.

Agora, o desafio de Danilo é marcar em uma decisão de Libertadores – em 2005, nos dois jogos contra o Atlético-PR (1 a 1 no Beira-Rio, 4 a 0 no Morumbi), ele passou em branco. O próprio jogador já admitiu não ter uma “fórmula especial” para ser tão decisivo no principal torneio de clubes do continente. Mas o certo é que o Corinthians, na decisão mais esperada de sua história, conta com a estrela de Danilo.

Reportagem: Terra

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