É NA RAÇA! Corinthians supera lambança da arbitragem e quebra jejum em Derby

Chora Porco
PUBLICIDADE

O árbitro Thiago Duarte Peixoto roubou a cena naquele que foi divulgado como o Derby centenário – o clássico de maior rivalidade em São Paulo completará 100 anos em 6 de maio. A injusta expulsão do ex-palmeirense Gabriel no final do primeiro tempo ameaçou os rumos da partida disputada em Itaquera, na noite desta quarta-feira. Ainda assim, o Corinthians chegou à vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras com gol de Jô, aos 42 minutos do segundo tempo.

Com bom volume ofensivo no primeiro tempo, o Corinthians chegou a acertar o travessão com o próprio Gabriel, que deixaria o campo por causa de um equívoco cometido aos 45 minutos. Keno (outro que tinha mandado a bola no poste) avançou pela esquerda e foi puxado por Maycon antes de Pablo dar um carrinho para afastar a bola. Para o árbitro, no entanto, quem cometeu a falta foi o ex-volante palmeirense, punido com mais um cartão amarelo e o vermelho.

Em desvantagem numérica, o Corinthians foi pressionado pelo Palmeiras durante boa parte do segundo tempo – assustou só vez ou outra, impulsionado também pelo ímpeto de Kazim – e precisou se desdobrar defensivamente para segurar a igualdade no marcador. No final, em um erro de Guerra, Jô recebeu a bola de Maycon e concluiu rasteiro para fazer a festa da Fiel.

Os três pontos assegurados com muito sofrimento fizeram o Corinthians subir a 12 no grupo A do Campeonato Paulista, enquanto o Palmeiras permaneceu com 9 na chave C. O jejum de vitórias diante do rival também foi encerrado. Já eram dois empates e quatro derrotas desde 8 de fevereiro de 2015, quando o veterano meia Danilo garantiu um triunfo por 1 a 0 no primeiro Derby realizado no reformulado Palestra Itália.

Corinthians e Palmeiras voltarão a campo no sábado de Carnaval. Desfalcado de Gabriel, o time comandado por Fábio Carille visitará o Mirassol, enquanto a equipe dirigida por Eduardo Baptista receberá a Ferroviária em busca da reabilitação.

O Jogo

Os jogadores de Corinthians e Palmeiras estavam acelerados antes mesmo de o Derby começar. Enquanto a torcida única de Itaquera pulava e gritava freneticamente sob a luz de sinalizadores, Dudu corria em direção ao banco de reservas e jogava no chão, sem qualquer cuidado, a flâmula que recebera do rival.

Quando a bola rolou, foi o Corinthians que tomou a iniciativa de tentar fazer cair o favoritismo do Palmeiras. Em sua primeira participação ofensiva, o ex-palmeirense Gabriel arriscou um chute de longa distância e fez a bola beliscar o travessão. Depois, virou-se para as arquibancadas e brandiu os braços para levantar ainda mais o público.

Os torcedores, que pediam “sangue no olho” e “tapa na orelha” desde a véspera do clássico, logo viram os ânimos se exaltarem também no gramado. Dudu provocava Fagner e Romero na ponta esquerda, passando o pé sobre a bola, e era marcado com firmeza. Felipe Melo foi ainda mais vigoroso quando dividiu com Gabriel. Levou o cartão amarelo.

Na tentativa de dar uma resposta também ao volume ofensivo do Corinthians, e não só às demonstrações de vontade, o Palmeiras começou a se lançar ao ataque pelos lados do campo. A intenção era explorar principalmente a velocidade de Keno, que ganhou a vaga de Guerra, pela direita.

Em um raro momento na esquerda, dentro da área, Keno acertou o travessão após sobra de bola em um lateral cobrado por Jean. Em outro avanço do atacante, já de volta ao lado direito, Cássio saiu estabanado do gol, mas ficou com a bola.

Dois jogadores do Palmeiras foram ainda mais atrapalhados no campo defensivo. Felipe Melo e Mina chocaram as cabeças em uma disputa pelo alto e foram ao solo aos 28 minutos – o volante levou a pior, precisando enfaixar a cabeça.

Após a paralização da partida para que os palmeirenses recebessem atendimento médico, o Corinthians se preocupou em não deixar o esfriar o ritmo intenso do Derby. Romero se empolgou ao aplicar um chapéu sobre o ex-corintiano Willian do lado direito. E Léo Jabá, até então tímido na vaga de Marlone, que contraiu uma virose, soltou o pé de longe e mandou a bola por cima da meta.

O Corinthians só não contava com uma baixa imposta pela arbitragem. Em uma investida pela esquerda, aos 45 minutos, Keno recebeu um puxão de Maycon e viu Pablo dar um carrinho para afastar a bola. O árbitro Thiago Duarte Peixoto resolveu punir Gabriel, que estava longe do lance, com um segundo cartão amarelo e consequentemente o vermelho.

Obviamente revoltados, os jogadores do Corinthians solicitaram o auxílio do quarto árbitro e do auxiliar para tentar reverter a decisão. O presidente Roberto de Andrade e o diretor de futebol Flávio Adauto se enervaram n o túnel que dá acesso ao campo. Gabriel ouviu gritos de “fica” e ameaçou não sair de campo. Nada adiantou.

Com a expulsão do volante confirmada, o Corinthians retornou para o segundo tempo apoiado por sua torcida, com Maycon mais recuado e sem abrir mão de atacar. O Palmeiras, agora em vantagem numérica, trocou Raphael Veiga por Guerra na esperança de envolver o rival.

Nos primeiros minutos da etapa complementar, o clássico seguiu equilibrado, embora o Corinthians tivesse um atleta a menos. Por isso – e também receoso em relação a uma possível compensação da arbitragem –, o técnico Eduardo Baptista sacou o polêmico Felipe Melo e mandou Thiago Santos a campo.

O Palmeiras colocou a bola na rede pouco depois, mas não valeu. Guerra cruzou para dentro, e Mina colocou para dentro. O zagueiro colombiano, no entanto, estava em posição de impedimento – e a arbitragem, desta vez, conseguiu visualizar.

O gol anulado foi a senha para o Palmeiras passar a tirar proveito da ausência de Gabriel e pressionar o Corinthians. Aos 14 minutos, Willian quase surpreendeu Cássio com um chute forte de longa distância, que bateu no travessão e saiu. Aos 19, Keno fez o goleiro trabalhar com uma cabeçada à queima-roupa, bem defendida.

Querendo ainda mais do Palmeiras, que vez ou outra vacilava e expunha-se a contra-ataques, Eduardo Baptista trocou Willian por Alecsandro. Já Fábio Carille esperou até os 35 minutos para também agir, quando tirou o desgastado Léo Jabá para recompor o seu meio-campo com Moisés. Mais tarde, Kazim, outro esgotado fisicamente, cedeu lugar a Jô.

E coube ao centroavante revelado pelo Corinthians acabar com o protagonismo de Thiago Duarte Peixoto. Aos 42 minutos, Guerra foi desarmado por Maycon, que acionou Jô. O prata da casa teve tranquilidade para finalizar rasteiro diante de Fernando Prass e garantir uma vitória heroica e histórica no Derby quase centenário.

33 comments
  1. Oficial palmeiras em coletiva após vergonha contra o Corinthians anunciou parceiria com os seguintes banco Santander, banrisul, bnds, banco do Brasil, caixa entre outros por que só um não deu conta de ganhar hoje kkkkkkkkk põe no dvd palmeiras kkkkkk

  2. Hoje sim o Corinthians mostrou raça e vontade. Não foi como os últimos jogos, valeu a pena assistir esse jogo mesmo passando raiva com a expulsão que o juiz deu no Gabriel.

    Daqui por diante continua com essa raça porra!

Comments are closed.

Notícia Anterior
Jogadores - Corinthians

Escalação: Corinthians x Palmeiras, pelo Paulistão 2017

Próxima Notícia

Ficha Técnica: Corinthians 1 x 0 Palmeiras, pelo Paulistão 2017

PUBLICIDADE