Perto de fechar ‘naming rights’, Corinthians espera voltar ao azul

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Fonte: Valor Econômico

Como corintiano que foi líder de torcida organizada nos anos 80, o vice-presidente de atendimento da DM9DDB, Marcelo Passos, até comemorou o sexto Brasileirão do clube do Parque São Jorge. Mas ainda persiste a ansiedade por aquela que será, na sua avaliação, a maior conquista do Corinthians em 2015: a assinatura do contrato de “naming rights” do estádio, localizado em Itaquera, zona leste paulistana. A expectativa do principal executivo de marketing do clube é que até meados de dezembro o acordo esteja fechado.

“Falta muito pouco. Por contrato, perco o negócio se sequer citar o setor das duas empresas que estou negociando. Uma está mais perto. Não estamos nem discutindo mais a questão de preços. São pequenos detalhes”, disse Passos.

A comercialização do nome da Arena Corinthians a uma empresa por dez anos vai permitir ao clube voltar a ter um balanço superavitário, depois do prejuízo operacional de R$ 21,5 milhões em 2014 e do prejuízo estimado em R$ 12,5 milhões em 2015.

Hoje, o Corinthians tem que repassar integralmente R$ 5 milhões que fatura por mês na bilheteria ao BNDES, como pagamento do empréstimo de R$ 400 milhões que fez para bancar parte da construção de seu estádio. A arena custou mais de R$ 900 milhões. O restante foi bancado por isenções tributárias municipais e estaduais.

“Os ‘naming rights’ vão pagar o financiamento do BNDES e liberar a bilheteria para gerar receita ao clube”, diz Passos sobre os valores que o time projeta receber.

Recomendado ao Corinthians pelo colega de torcida na juventude Duílio Monteiro, Passos foi convidado pelo presidente Roberto de Andrade – com a bênção de Andrés Sanchez, maior força política do clube – para gerar receita. De 76 projetos que estavam em andamento no clube quando Passos chegou, no início deste ano, ficaram onze. “Só ficou projeto que dá receita de curto prazo ou constrói valor de marca no longo prazo”.

Duzentos contratos de licenciamento foram suspensos, ficando cem, que geram 80% do faturamento. “Com foco, vamos elevar de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões a receita de licenciamento”, disse. O programa de sócio-torcedor foi revitalizado, pulando de 60 mil a 130 mil associados.

Acostumado a cuidar de contas na DM9DDB de marcas como Itaú, Vivo e Intel, Passos recorreu a sua rede de contatos para levar 900 executivos a um jogo do clube na arena de Itaquera, pela Libertadores. “Mostrei as propriedades que temos, os preços e as condições”.

Os acordos de publicidade de uniforme estão sendo renovados, exceto o patrocínio-master, com a Caixa, que vence em fevereiro. Espaços que estão ociosos, como barra e manga de camisa, terão em 2016 novos patrocinadores.

“Ainda vamos fechar 2015 parecido com 2014”, diz Passos, citando o ano em que o clube teve receita de R$ 63,7 milhões com patrocínios e publicidade. Mas para 2016 a meta é crescer 43% e atingir R$ 91 milhões, sendo R$ 30 milhões com o contrato de fornecedor de material esportivo (Nike), R$ 45 milhões em patrocínios de uniforme, e R$ 16 milhões em royalties, licenciamentos e receitas diversas.

Nas redes sociais, o clube usa a marca em acordos como o feito com a plataforma de música Napster. “E ainda tem a rede de alimentação”, diz Passos, referindo-se à rede de fast-food do time. A primeira unidade será aberta em dezembro.

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