Rei do Pacaembu, Danilo marca e vira herói da inédita vaga

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Ele está longe de ser o maior ídolo da torcida, mas foi decisivo na campanha que colocou o Corinthians pela primeira vez na decisão da Taça Libertadores. No caldeirão em que o Pacaembu se transformou durante todo o torneio, Danilo virou herói sem ter badalação. Nesta quarta-feira, o ápice. Com um gol dele, o quarto em seis partidas na “casa” alvinegra na competição, o maestro fez história com a tão sonhada classificação, conquistada com o empate em 1 a 1 com o Santos.

Ninguém brilhou tanto quanto Danilo no Pacaembu em 2012. Criticado pela lentidão, o meia teve participação determinante em quase todos os duelos em São Paulo. Ele balançou a rede contra Nacional-PAR (2 a 0), Cruz Azul-MEX (1 a 0), Deportivo Táchira-VEN(6 a 0) e no mais importante deles, diante do Santos (1 a 1), valendo vaga na final contra Universidad de Chile ou Boca Juniors-ARG.

“Nosso time tem um conjunto. Vem jogando junto desde o ano passado. Ano passado foi muito bem e é o mesmo time. O conjunto prevalece em um jogo decisivo como esse”, disse Danilo, mostrando humildade de quem rejeita o rótulo de herói.

Nos momentos de dificuldade para o técnico Tite encontrar um centroavante, o meio-campista resolveu o problema. Como um camisa 9, ele apareceu por trás da defesa após cobrança de falta no início do segundo tempo, dominou a bola com extrema tranquilidade e tocou no canto direito do goleiro Rafael. Explosão dos 35 mil corintianos presentes e até do sempre comedido armador.

A igualdade só fez crescer a ansiedade da torcida para os 43 minutos restantes que separavam o Timão da vaga. Se a lentidão um dia chegou a ser questionada, Danilo acabou com as dúvidas. Quase como um volante pelo lado esquerdo, ajudou Fábio Santos na marcação, impedindo Alan Kardec de jogar e acabando com a esperança santista.

Aos 33 anos, Danilo, aliás, vive momentos de redenção no Corinthians. Contratado em 2010 a pedido de Mano Menezes, o meia amargou um longo período sem sequer aparecer como opção no banco de reservas. A volta por cima veio com Tite, no início do Brasileirão de 2011, quando voltou a ser titular e fundamental no esquema que levou a equipe ao quinto título nacional.

Mais do que a vaga na equipe, o meio-campista teve dificuldades para conquistar a torcida, sobretudo pelo histórico de ter atuado pelo rival São Paulo. Pelo clube do Morumbi, ele também mostrou seu poder de decisão. Em 2005, ano do tricampeonato tricolor sobre o Atlético-PR na decisão, fez gols nas duas semifinais contra o River Plate-ARG.

Sete anos depois de sua primeira conquista, Danilo volta a ser decisivo em uma campanha quase irretocável do invicto Corinthians. Restam apenas dois jogos para a espera acabar. Desta vez, a festa pode ser somente em preto e branco. Seja contra quem for – Boca Juniors ou Universidad de Chile -, o último jogo da Libertadores será no Pacaembu.

“Nossa casa é aqui, onde nosso torcedor vem, nos ajuda, nos empurra. Nós não perdemos nenhum jogo aqui, estamos no caminho certo. Esperamos decidir bem e conseguir o título que é o mais importante”, disse Danilo.

Reportagem: Globo Esporte

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