O boa praça do Corinthians: Fellipe Bastos conquista líder mesmo sem jogar

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    Fellipe Bastos posa ao lado do atacante Jô: boa praça do Corinthians

    Fellipe Bastos posa ao lado do atacante Jô: boa praça do Corinthians

“Dou o exemplo do Fellipe Bastos. Ele tem poucos minutos em campo, mas está sempre nos apoiando e treina muito forte. Isso é bom para o grupo. Está todo mundo com o compromisso”.

A declaração do paraguaio Balbuena, um dos capitães do Corinthians de Fábio Carille, ilustra o curioso caso do volante que atuou por 10 minutos no Campeonato Brasileiro, mas é apontado por quase todos no clube como alguém fundamental dentro do dia a dia do líder da competição. Algo que foi reafirmado nos últimos dias pelo treinador.

Na negociação com o Botafogo pelo zagueiro Emerson Santos, o nome de Fellipe Bastos foi colocado por dirigentes botafoguenses como possível contrapartida. A questão, como de costume, foi levada a Fábio Carille, que imediatamente vetou qualquer possibilidade. Para ele, Fellipe Bastos é uma figura hoje imprescindível ao elenco. 

Em recente entrevista exclusiva ao UOL Esporte, os auxiliares do Corinthians explicaram o ‘boa praça’ Fellipe Bastos e os motivos da importância no dia a dia. “Obviamente que o intuito dele é jogar mais minutos, é estar preparado”, explicou Osmar Loss. “Mas ele é respeitado pelos companheiros. É um cara fundamental para o entusiasmo do grupo, para a energia, que põe todos para cima”, disse.

O resumo não está apenas no espírito de Fellipe, segue Loss. “Ele fala verdades, estende a mão, é quem puxa o cara que por vezes dá uma caída e os caras sabem que precisam dele. Hoje, o Fellipe é um cara muito importante da nossa estrutura de trabalho. Para nós da comissão, ele é um termômetro muito importante para observarmos como ele vem reagindo, e aí a gente percebe como anda o grupo”. 

Muito próximo a Jô, por exemplo, mas amigo de quase todos os jogadores do elenco, Fellipe Bastos repete no Parque São Jorge algo que já ocorria no Vasco. Em São Januário, na passagem de razoável destaque por cinco temporadas, era um dos jogadores mais queridos do grupo, apesar de momentos de muita crítica na torcida. 

Fellipe buscou a comissão para crescer atrás de mais oportunidades

Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

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Em janeiro, Fellipe Bastos assinou com o Corinthians por três anos

O auxiliar-técnico Leandro Silva, mais conhecido como Cuca, explica outra faceta importante de Fellipe Bastos. O jogador é citado espontaneamente por ele como um exemplo de jogador que buscou a comissão técnica para, a partir de vídeos e correções, evoluir individualmente.   

“É um atleta bastante interessado. Fellipe Bastos é muito preocupado e nos procurou pedindo ajuda para que pudesse melhorar o desenvolvimento do jogar dele, e evoluiu muito. Ele veio de um futebol um pouco mais lento, em que precisava se adaptar, mas procurou a ajuda para que pudesse evoluir. Tem mostrado uma condição muito grande”, contou. 

Depois de duas temporadas nos Emirados Árabes, Fellipe Bastos voltou ao Corinthians em janeiro e deixou boa impressão na pré-temporada. Carille costuma assumir, de certo forma, que se precipitou ao incluir o volante na equipe titular nos primeiros compromissos do ano. A avaliação, hoje, é de que o jogador com passagens por Grêmio, Vasco e Ponte Preta estava com o ritmo abaixo dos demais e demorava muito a passar a bola. Os trabalhos descritos por Cuca foram muito em cima desses aspectos. 

Hoje, já não há mais tantas reservas quanto a isso. Fellipe Bastos é considerado um jogador que efetivamente disputa espaço, mas tem no titular Maycon um concorrente que simplesmente não se machuca, raramente falha e leva poucos cartões. A consistência e a regularidade também são virtudes de Camacho, o reserva imediato. Assim, as oportunidades se tornam escassas, e até mesmo a utilização na posição de Gabriel tem sido algo cogitado no dia a dia. 

Dentro do conceito de trabalho corintiano para ascensão programada, em que jogadores saem do banco de reservas para o protagonismo após longos períodos, não é difícil de imaginar que Fellipe possa se tornar uma peça mais útil ao time em alguns meses. Uma importância que, fora de campo, ele já adquiriu no Corinthians. 

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