Odebrecht atrasa mais uma vez obras em Itaquera e atrapalha Nike

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A Odebrecht não cumpriu mais uma vez sua promessa de acabar as obras da Arena Corinthians. Com limite estabelecido para o fim de julho, a construtora prorrogou pela quarta vez seu tempo de permanência em Itaquera para terminar a última parte da nova casa do time alvinegro e agora deu um novo prazo: setembro estará finalizada.

No clube, porém, não há a menor confiança de que no início do mês que vem a empresa terá acabado de realizar o seu trabalho.

Muito pelo contrário, o cenário é de total incerteza, inclusive parte da diretoria se pergunta se de fato o estádio será entregue seguindo o projeto original combinado.

“Até o final de agosto as obras terminarão”, disse a Odebrecht por meio de sua assessoria de imprensa, em resposta para a reportagem.

Além de atrapalhar a parte comercial do funcionamento da arena, já que parte dos camarotes e outros espaços que poderiam gerar receitas não estão acabados, os atrasos atingem também a vida da Nike, fornecedora de material esportivo do time, a patrocinadora que tem o maior contrato hoje vigente com a equipe.

A empresa tem uma loja em Itaquera, mas não sabe quando poderá abrir as portas, por conta das obras que ainda não terminaram. A ideia original era de começar a funcionar no aniversário do Corinthians, em primeiro de setembro. O prazo, porém, diante da situação, foi prorrogado para outubro, no dia das crianças, mas ainda há dúvidas.

O assunto, aliás, já gera mal-estar e desgaste entre as partes. Há ainda acabamentos pendentes, que a Nike tenta obter informações com o clube para saber se de fato serão entregues ou se ficarão sem ser feitos, por exemplo. Depois do fim dos trabalhos, há ainda a dependência de laudos, como o do Corpo de Bombeiros, para que seja liberada a abertura.

Em meio a esses problemas, a diretoria do Parque São Jorge, junto com o Fundo que cuida de Itaquera, tenta aumentar o prazo de carência para começar a quitar a construção da arena. Pelo contrato assinado em novembro de 2013, o pagamento dos R$ 400 milhões do financiamento do BNDES começou em julho – com o máximo de 180 meses para zerar todos os débitos em parcelas mensais, com juros e correções.

Eles argumentam, porém, que pelas regras internas do banco para financiamentos de estádios da Copa do Mundo há pelo menos 36 meses de carência, a contar da data que o contrato foi assinado, no dia 19 de novembro de 2013.

Ou seja, se os 36 meses fossem seguidos, o clube só precisaria fazer o primeiro depósito em novembro de 2016. Ainda não há uma decisão sobre o assunto, que é tratado com a Caixa Econômica Federal, repassadora do empréstimo do BNDES.

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