O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, reconheceu na noite desta terça-feira que o clube tem uma dívida a ser acertada pela compra do volante Gabriel. De acordo com o mandatário, as ações judiciais que o Alvinegro sofreu durante maio e junho complicaram o fluxo de caixa e fizeram com que as parcelas da transferência do atleta fossem atrasadas.
Contratado após passar dois anos emprestado ao Palmeiras pelo Monte Azul, o meio-campista teve seus direitos avaliados em cerca de R$ 7 milhões, que seriam pagos de forma parcelada. Além disso, o jogador também tem luvas pela assinatura do contrato a receber. Nada disso, porém, deve atrapalhar o bom momento da equipe, na avaliação do mandatário.
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“Tem coisa atrasada, mas estamos pagando. Tivemos alguns problemas judiciais no mês passado que nos tiraram do eixo, ações antigas que não eram esperadas e que nos tiraram do rumo, atrapalharam nossa programação de pagamento. Mais uns dias e deixaremos tudo em ordem”, afirmou o dirigente, em entrevista à Rádio Transamérica, minimizando a possibilidade de saída de atletas.
“Ofertas chegaram para o Balbuena e umas sondagens para o Arana. A prioridade nossa é que todos fiquem até o término do campeonato. Logicamente que não da para garantir, todo contrato tem multa. Se alguém exercer, o atleta se desliga. Mas temos acordado para que todos fiquem até o final do campeonato”, informou, estendendo o “acordo” inclusive ao zagueiro Pablo, cedido por empréstimo pelo Bordeaux-FRA até dezembro.
“Fique tranquilo, estamos trabalhando para isso”, assegurou Roberto, mantendo a linha adotada pelo diretor de futebol, Flávio Adauto, e o gerente, Alessandro. O jogador tem seus direitos avaliados em cerca de R$ 11 milhõese é visto como indispensável no esquema do técnico Fábio Carille.
Por fim, o presidente ainda fez questão de diminuir o impacto do pagamento do estádio de Itaquera na situação financeira do clube. De acordo com ele, o Alvinegro está perto de acertar um novo modelo de financiamento, que ajudará na quitação da dívida.
“Não é impagável, só precisamos negociar melhor. É só o país ajudar, as empresas voltarem a investir para vendermos camarotes e outras propriedades. Lógico que não com os números acordados com a Caixa na época, era outro país. Negociamos há meses e estamos perto de definir. Está na mão da Caixa. Definindo, será feito o aditivo e vamos colocar os pagamentos em ordem”, concluiu.