Protesto por ingressos na Inglaterra faz mais sentido para a Fiel Torcida

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No último sábado, a torcida do Liverpool protestou contra o alto valor dos ingressos para a próxima temporada e abandonou o estádio Anfield aos 77 minutos (32 do segundo tempo), em referência às 77 libras (R$ 431) que serão cobradas pelo ingresso mais caro a partir da próxima temporada. No entanto, se fizerem uma comparação com os gastos de torcedores de duas equipes brasileiras, os fãs dos Reds verão que estão chorando de barriga cheia.

Comparando salários mínimo, salário médio e preço médio dos ingressos, os apaixonados por Palmeiras e Corinthians pagam proporcionalmente muito mais para frequentar o Allianz Parque e a Arena Corinthians do que os torcedores do Liverpool gastam em Anfield Road.

Na Inglaterra, o salário médio mensal é de 2.208 libras (R$ 12,4 mil), enquanto o salário mínimo (por uma jornada de 140 horas mensais) é de 938 libras (R$ 5,2 mil). Como o ingresso mais barato dos Reds custa 37 libras (R$ 208,5), isso dá 3,9% do salário mínimo e 1,7% do salário médio inglês.

Na outra ponta, o ingresso mais caro atualmente custa 59 libras (R$ 332,5), ou 6,3% do mínimo e 2,7% do médio.

Já no Brasil, o salário mínimo é de R$ 880, enquanto a renda mensal dos trabalhadores, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é de R$ 2.235.

No último Brasileirão, o Palmeiras teve R$ 62,70 como preço do ingresso médio, o que representa 7,1% do salário mínimo e 2,8% do salário médio. O Corinthians, por sua vez, cobrou R$ 59,70, o que representa 6,8% do mínimo e 2,7% do médio.

Se for levado em conta o Paulistão nos lugares VIPs, a diferença fica ainda maior. O ingresso alviverde mais caro para o Allianz Parque é de R$ 180, o que dá 20,4% do salário mínimo e 8% do salário médio. Na Arena Corinthians, o bilhete mais caro sai por R$ 350, ou 40% do mínimo e 16% do médio.

Para comparar com o protesto do Liverpool, o ingresso mais caro da próxima temporada, de 77 libras, representará “apenas” 8,2% do salário mínimo de um inglês e 3,5% do salário médio.

Protestos à parte, os Reds já deixaram claro que não irão ceder às reclamações de seus torcedores. Segundo o executivo-chefe, Ian Ayre, é impossível agradar a todos.

“O que está ao alcance de uma pessoa é diferente de outra. Com isso em mente, criamos uma gama de preços. Ouvimos as preocupações dos fãs e apresentamos novas iniciativas. Esperamos que sejam para todos”, afirmou.

No Brasil, por sua vez, houve no ano passado alguns protestos, ainda tímidos, exigindo a diminuição do preço dos ingressos. Assimo como na Inglaterra, porém, as bravatas não foram suficientes para fazer os dirigentes darem o braço a torcer.

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