Renovação de patrocínio da Caixa ao Corinthians gera irritação no Flamengo

nova camisa 1

A Caixa renovou o patrocínio ao Corinthians para 2016 pelo mesmo valor que pagou anualmente de 2013 a 2015, R$ 30 milhões, mas por menos contrapartidas – o banco estampava as costas do uniforme até a temporada passada e ficará somente com o peito a partir desta. A mudança irritou dirigentes do Flamengo, também patrocinado pela estatal. Os cariocas hoje entregam mais espaços da camisa – peito, ombro e calção – por menos dinheiro, R$ 25 milhões.

Durante as negociações com a Caixa, no fim de 2015, o Flamengo recebeu do banco a promessa de que nenhum clube teria valores reajustados nas renovações para 2016. Num país que terminou o ano com inflação acima de 10%, só o fato de o time carioca renovar pela mesma verba já faz com que receba um valor real inferior ao da temporada anterior. Por isso a indignação, agora, ao ver que o rival conseguiu um acordo mais vantajoso do que o do ano passado.

A Caixa não esclareceu, nem nas negociações com o Flamengo, nem em resposta a ÉPOCA, os critérios que adota para escolher quanto dinheiro vai gastar com times de futebol. “A negociação se dá individualmente, seguindo a estratégia mercadológica do banco, conforme as características de cada um e considerando as propriedades ofertadas”, respondeu o banco em nota a ÉPOCA, sem especificar se importam tamanho de torcida, número de partidas televisionadas e respectivas audiências ou quaisquer outros fatores.

A interpretação de cartolas flamenguistas é de que, ao renegociar com condições mais favoráveis ao rival, a Caixa deu o recado de que o Corinthians é um produto mais valioso do que o Flamengo.

Procurado por ÉPOCA, Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, limitou-se a dizer por telefone que tem contrato assinado com a Caixa e cumprirá as condições acordadas até o término dele.

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