Romarinho: de herói improvável a lenda corinthiana em apenas um toque na bola

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O dia era 05 de junho, uma terça-feira. A Copa Libertadores da América de 2012 estava na reta final. O Timão e a Fiel já haviam passado por grandes emoções na competição, como a vitória sobre o Vasco por 1 a 0 no Pacaembu e a conquista da classificação para a semifinal. No fim daquela tarde, na sala de imprensa do CT Dr. Joaquim Grava, o novo reforço do Corinthians era apresentado: Romarinho, revelação do Paulistão daquela temporada e contratado junto ao Bragantino.

“Como a vida da gente muda tão rápido, talvez eu vá participar da Libertadores. Se o Tite falar isso, vou sonhar com gols”, disse Romarinho durante a entrevista coletiva concedida após a apresentação oficial. 

A dúvida de Romarinho logo virou certeza. Apenas seis dias após a apresentação, o jogador foi inscrito pelo Corinthians para a vaga do então lesionado Edenílson e assumiu a camisa 21. O sonho dos gols na Copa Libertadores também não demoraria a se concretizar de uma forma épica.

Antes de entrar em campo pela Libertadores, Romarinho havia participado de três jogos com o manto alvinegro pelo Brasileirão. Nos dois primeiros, contra Grêmio e Ponte Preta, entrou no decorrer dos confrontos. No terceiro, a estreia como titular em grande estilo: marcou os dois gols do Corinthians na vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras no Pacaembu.

Três dias após ser o protagonista do clássico, Romarinho foi relacionado pelo técnico Tite para a primeira partida da final da Copa Libertadores da América. Em Buenos Aires, na La Bombonera, o Corinthians tinha a difícil missão de enfrentar o tradicional Boca Juniors. Com Emerson Sheik e Jorge Henrique escalados no ataque, o camisa 21 iniciou o confronto no banco.

Como era de se esperar, o Boca Juniors pressionou o Corinthians em boa parte do jogo. O Timão conseguiu segurar a pressão no primeiro tempo, mas os argentinos conseguiram balançar as redes no segundo com Roncaglia. Atrás do marcador, o técnico Tite colocou Romarinho no lugar de Danilo aos 39 minutos do segundo tempo.

Predestinado, o camisa 21 entraria para a história do Corinthians pouco mais de um minuto depois de substituir Danilo. Paulinho roubou uma bola ainda no campo de defesa, avançou na intermediária e tocou para Emerson Sheik. O atacante girou sobre o adversário, limpou a jogada e lançou. Romarinho recebeu e, em seu primeiro toque na bola no jogo, bateu por cima do goleiro para marcar um golaço e empatar a partida.

Herói improvável em um jogo épico, Romarinho mostrou que, além de talento e competência, tem estrela. E uma estrela que precisou de apenas um toque na bola para cravar o seu nome na história do Corinthians e, obviamente, também na história alvinegra na Copa Libertadores.

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