‘Se tivesse chegado agora, talvez não estivesse mais aqui’, diz Carille sobre pressão no Corinthians

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De desacreditado a campeão no Paulista e líder do Campeonato Brasileiro: o 2017 de Fábio Carille surpreendeu qualquer prognóstico feito antes da temporada começar. Membro permanente na comissão técnica do Corinthians desde 2009, o ex-jogador do Timão assumiu o cargo de treinador em dezembro de 2016, e desde sua primeira coletiva deixou claro aquela que seria sua marca à frente do time: uma equipe muito organizada taticamente. Impecável nos clássicos contra os rivais Palmeiras, Santos e São Paulo, o treinador ganhou a confiança dos torcedores durante o Estadual.

Mesmo com os resultados positivos surgindo ainda durante o processo de evolução da equipe nos primeiros meses da temporada, o treinador admite que teve medo de perder o cargo caso as vitórias não viessem.

“Passa pela cabeça sim. Não é o que a gente quer. Futebol depende de muita coisa. Mas eu sempre procurei isolar isso e olhar o próximo jogo. Pensar no que posso ser melhor, no que preciso melhorar. Os oito anos dentro do Corinthians me fizeram aprender algumas coisas. Se tivesse chegado agora, talvez não estivesse mais aqui. Digo por mim mesmo, de pedir para ir embora ou coisa assim. Mas já conhecendo como o torcedor é, como a imprensa é, de conviver há bastante tempo…Procurei isolar tudo e seguir com minhas convicções”, afirmou o treinador em entrevista exclusiva ao FOXSports.com.br.

A estratégia para amenizar as críticas pelo desempenho ainda inconstante durante os primeiros meses de 2017 foi justamente isolar o grupo das análises que vinham de fora dos muros do CT Joaquim Grava, na região do Parque Ecológico do Tietê, fossem elas de imprensa ou torcedores. Apontado por muitos analistas como ‘quarta força’ entre os grandes para o Campeonato Paulista, o treinador teve que trabalhar com a desconfiança logo em sua primeira experiência como técnico efetivo. Mesmo assim, Carille garante que em nenhum momento usou as ‘previsões’ como fator de motivação para o elenco do Corinthians.

“Em nenhum momento eu trouxe isso para o grupo. Ficou tão forte aí fora, mas em nenhum momento eu falei sobre isso. Procurei ficar quieto, trabalhar bastante, achar uma linha de trabalho o quanto antes para não perder tempo. A maior virtude dessa comissão foi entender o quanto antes o elenco e achar uma forma de jogar”, disse o treinador, que garantiu: a pouca expectativa sobre o desempenho do time em 2017 não reduziu em nada a pressão pelos resultados dentro de campo.

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“Pelo contrário. Era muita coisa contra. ‘Treinador novo, sem experiência. Grupo não era qualificado’. A pressão foi maior, mas as coisas mudaram depois do jogo contra o Palmeiras. Uma vitória do jeito que o corintiano gosta, contra seu maior rival. As coisas mudaram a partir daquele momento tanto pela imprensa quanto pela torcida. O estádio começou a ficar mais cheio. Mas a pressão no início foi muito pesada”, afirmou Carille.

O título do Campeonato Paulista certamente deixou o treinador no coração de todos os torcedores do Corinthians. Mas o ponto de virada para o reconhecimento por parte dos corintianos foi outro: 22 de fevereiro, na vitória por 1 a 0 na Arena Corinthians, sobre o rival Palmeiras. Para Fábio Carille, desde o triunfo sobre o Verdão o contato nas ruas da capital paulista tem sido muito mais caloroso.

“Desde o dia 22 de dezembro isso mudou. Mas isso foi antes do título. A mudança foi depois do jogo contra o Palmeiras. Um clássico daquele tamanho, perdendo jogador no primeiro tempo, jogando contra a melhor equipe da competição, os jogadores se desdobrando dentro de campo e fazendo um gol no final. Aquilo me marcou muito. Claro que cada dia foi fortalecendo, com vitória contra o Santos, os resultados contra o São Paulo, depois o título. Mas a maior mesmo foi a partir do jogo com o Palmeiras”, disse o treinador.

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