Os colorados talvez reclamem mais do que o pênalti não marcado em Tinga em 2005. Os alvinegros, “vingados” por 2007, certamente mandarão pôr no DVD. Fato é que, em um jogo em que quase nenhum jogador brilhou, mais uma vez neste Brasileirão o árbitro foi o protagonista. Rodolpho Toski Marques marcou penalidade duvidosa em Romero, Marlone converteu, e o Corinthians venceu o Internacional por 1 a 0.
Em um ano de tantas frustrações, o Timão teve uma dupla felicidade nesta segunda-feira, na Arena: se manteve próximo do G6 – dependendo apenas de si para ir à Libertadores-2017 – e ainda afundou o rival gaúcho, que segue na zona de rebaixamento, a três pontos do Vitória, 16º colocado.
O nível técnico da partida nem de longe lembrou os grandes confrontos entre os clubes em 1976, 1992 ou 2009. A emoção, porém, compensou. Para os corintianos era questão de honra ajudar no possível rebaixamento do Inter. E assim o Timão partiu para cima nos primeiros minutos.
Mesmo repleto de desfalques e com Uendel improvisado no meio de campo, o Corinthians conseguiu envolver o Inter nos primeiros minutos com triangulações e muita movimentação. O gás, contudo, durou pouco e a intensidade caiu. Na verdade, o jogo ganhou ares de pelada, com muitos passes errados, chutões e faltas a todo momento.
O enredo parecia que iria se repetir no segundo tempo, mas o pênalti de Ernando em Romero, aos oito minutos, mudou tudo.
Atrás no placar e sem criatividade, o Colorado passou a cruzar bolas na área do Corinthians, que ganhou espaços para contra-atacar. Não fosse a trave e alguns milagres de Danilo Fernandes, o placar seria ainda mais elástico.
Após o apito final, o G6 parecia secundário para os alvinegros, que gritavam em coro “ão, ão, ão, segunda divisão”.