Tite barra Love, dará despedida a Sheik e revela papo com Guerrero

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Enquanto o Corinthians tenta se acertar após a eliminação na Taça Libertadores, coube ao técnico Tite dar explicações, nesta sexta-feira, no CT Joaquim Grava. O Timão vive dias turbulentos pela queda de rendimento e a possibilidade de perder jogadores. Em uma longa entrevista coletiva, o treinador disse que dará uma partida de despedida para Emerson (que não terá o contrato renovado), pediu comprometimento ao peruano Paolo Guerrero e revelou que Vagner Love ficará fora dos dois próximos jogos para melhorar o condicionamento físico.

Logo depois, o presidente Roberto de Andrade também deu longa entrevista sobre o momento do time. E, ao contrário de Tite, o dirigente praticamente confirmou a saída de Guerrero no fim do contrato do atacante.

Sheik tem contrato com o clube até o fim de julho, mas não ficará. Com o aval de Tite, a diretoria decidiu que o ciclo do jogador está encerrado. Ele já virou reserva e será preservado para não estourar o limite de seis partidas e conseguir se transferir. No entanto, ganhará de presente um jogo como titular para dar adeus à torcida.

Tite contou também que conversou com o atacante Paolo Guerrero, que vive um impasse sobre seu futuro. O atacante está vinculado ao clube até o dia 15 de julho e, por pedir R$ 18 milhões, dificilmente terá o contrato renovado. O treinador pediu empenho total dele neste período de indefinição.

Confira os principais tópicos da coletiva de Tite:

Dracena na vaga de Felipe

– É preciso atenção ao nosso trabalho desde o início da semana. Eu defino a escalação amanhã. Em relação a Dracena e Felipe, chamei os dois na sala. Não busco quem é melhor ou pior. Felipe caiu um pouco, machucou, Edu manteve alto desempenho técnico. É o momento do Edu dar continuidade.

Sobre a mudança de comando no Flu (entra Enderson, sai Drubscky)

– Respeito a entidade e os atletas. Entendo que deve haver a manutenção do técnico.

Sobre renovações de contrato de Ralf e Danilo, dentre outros

– O presidente deve vir aqui e falar. Mas isso me isenta porque é algo superior. Não protejo ninguém, nem os meus filhos. Sou leal, sincero, franco. Posso até ter errado, mas não vou pecar pela falta de lealdade. São jogadores que construíram história. Todos sempre vão ter respeito como a grandeza do Corinthians.

Vagner Love fora do time?

– Conversei com Fábio (Mahseredjian, preparador físico) antes. Conversamos eu, Fábio, Vagner Love, Edu e Alessandro. Ele não teve pré-temporada e está em nível físico abaixo dos demais. Nesses 15 dias, vou trazê-lo próximo ao grupo para ter condição técnica melhor. Por isso, esse aproveitamento.

Matheus Cassini está de saída?

– Conversei com uma série de pessoas, entre elas o Cassini. É um assunto diretivo. Não é da minha área. Sinceramente, é injusto fazer comparações com Marquinhos. Marquinhos jogou clássico de volante contra o Palmeiras. Cada um tem sua história.

E a situação de Emerson Sheik

– Vai ser direcionado pelo presidente. Foi de uma forma consensual. Foi externado de frente, como eu gosto de fazer, falando com o atleta. Com respeito e por tudo o que ele merece

É consultado sobre saídas de jogadores?

– Já tenho que reestruturar a equipe taticamente. Tenho de encontrar mecânica para essas variáveis. Sempre externei que não sou manager. Participo. Acima de mim existe executivo de futebol, diretor e presidente. Fazemos reunião e cada um dá o seu aval. Ter certas situações que fogem, como aspecto financeiro. Na nossa reunião, eu coloquei para Guerrero: “Não sei se você vai ficar, mas preciso de você comprometido com a equipe”. Isso o Corinthians precisa, assim como Emerson enquanto permanecer.

Mais sobre Matheus Cassini

– Vou falar a mesma coisa que falei para Paulinho e Castán. O Castán eu coloquei para jogar com 17 anos no Atlético-MG para marcar Fred: “Dentro de todas as opções, te guia por onde pode desenvolver melhor o trabalho. Pega o coração e a cabeça. Não te guia por dinheiro. Toda vez que se decide por dinheiro é o inverso”.

Como manter a equipe em alta?

– A cada seis meses há reestruturações nas equipes, por um fator ou outro. Tomara que consiga aquele mesmo futebol que teve no primeiro semestre.

Como reformular o elenco?

– É desafiador, é a oportunidade, adaptação à realidade. É do jogo.

Mais sobre Vagner Love

– Possivelmente, perde dois jogos. Inicialmente. Definitivamente, para domingo, não. Planejamento é nesses 15 dias colocá-lo no mesmo nível dos outros.

Renato Augusto

– Não inicia o jogo por não ter condição. No máximo, 45 minutos. Sobre Jadson fico com a expectativa clínica de ser liberado, mas confirmo amanhã.

Vai usar Sheik?

– Sim, até o último dia. Com uma ressalva. De não iniciar os jogos, porque projeta-se uma equipe para a sequência. Mas, se tem necessidade, não vou ter dúvida nenhuma para colocar. No último jogo dele, abro para iniciar desde o primeiro minuto. Essa carta na manga eu guardo para mim.

Sheik merecia uma renovação de contrato?

– Emerson tem toda história no Corinthians. Não se parcializa as situações. Talvez, pode ser representado no último jogo dele.

E Ralf e Danilo?

– Não pode colocar para o técnico falar sobre isso. Tem de ser com atletas. Tenho respeito pelos atletas e pela entidade. Não conheço cara honesto por dez reais e por mil, não. Ou é ou não é. Todos nós vivemos essa situação, inclusive eu, que tenho contrato até o fim do ano. Os jogadores podem responder.

Já repensou na formação da equipe?

– Sim. E mais do que palavras, treinamentos e jogos.

Parte física

– Quando falei da parte tática, assumo, porque é o meu papel. É do aspecto físico também. É técnico e individual também. Ideia de futebol do Tite não muda, independentemente do sistema. É posse de bola, com passe e marcação. Essa ideia não muda. Não vamos ficar com a bunda lá atrás.

Quando Love volta?

– Não tenho a data ou situação, a necessidade do momento. Foi pela necessidade de jogos. Agora, não. Vamos ter o Guerrero por dois jogos e depois vai para a Copa América e abre essa vaga. Quero ter Love na plenitude e na real condição. Se não foi pela necessidade, foi por termos errado.

Por que não usa mais os garotos da base?

– A exigência técnica e emocional do Brasileiro é muito grande. Isso quer dizer que vamos ter cuidado. Uma coisa é colocar em um jogo contra o Fluminense e outra é jogar em casa contra qualquer equipe do Paulista, que não seja clássico.

Como foi a conversa com o Guerrero?

– Coloquei na frente de todos os atletas. Assim como coloquei do Emerson, do Felipe, do Dracena, do Fagner, do Edilson. Do bom momento do Bruno Henrique…

Rodriguinho vai voltar? 

– Não tenho essa afirmação. Um técnico trabalha com os atletas do clube e tenta potencializar todos eles. Essa é minha atribuição.

Limite de jogos do Sheik no Brasileirão

– Coerentemente, verdadeiramente, claro, limpo, sim (não vai estourar). Não tem que ficar escondendo. Eu vejo de frente. Dá a oportunidade de fazer o último jogo e o torcedor demonstrar o carinho que tem. Dá para ser claro e honesto nas relações

Sem Sheik e Guerrero, dá para brigar pelo título?

– Equipe campeã é aquela que se monta ao longo da competição. Vai depender de quantos e estruturar e se fortalecer durante o campeonato.

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