Torneio nos EUA que deu prejuízo a rivais causa divergência no Palmeiras

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  • Reprodução/Facebook

    Em 2017, Mickey, personagem da Disney, foi garoto propaganda da competição

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O Palmeiras recebeu um convite e analisa a possibilidade de disputar a Florida Cup em janeiro de 2018. O UOL Esporte apurou que a ideia foi apresentada ao diretor de futebol, Alexandre Mattos. Ele aprovou a proposta e avisou a organização, mas repassou o projeto ao departamento de marketing antes de oficializar o acordo. 

A possibilidade de ir ao campeonato nos Estados Unidos que deu prejuízo a diversos clubes brasileiros nos anos anteriores causou enorme rejeição no Conselho Deliberativo e também em outras áreas profissionais do clube, tendo Mattos como a principal vítima das críticas. O primeiro parecer da análise é que o convite não é interessante. 

Ao UOL Esporte, Mattos foi breve e não quis comentar a pressão dos conselheiros. “Não estou pensando nisso agora”. Nos últimos dois anos, o time foi convidado, mas Paulo Nobre, então presidente, vetou por não confiar no modelo apresentado.

Na última temporada, a competição teve a participação de brasileiros como Corinthians, Atlético-MG, Internacional São Paulo. Os clubes, no entanto, não ficaram satisfeitos com o que ocorreu e não pretendem voltar a disputar os jogos no ano que vem, especialmente pelo prejuízo financeiro.

Na estrutura da Florida Cup, os clubes recebem alguns incentivos em cotas, mas precisam dar um jeito de bancar a ida até os Estados Unidos.

Diretores do Palmeiras afirmaram à reportagem que nenhum outro brasileiro ainda confirmou presença e que o Alviverde seria o primeiro. Com a confirmação, o atual campeão brasileiro poderia servir de atração para que outros times também aceitem o projeto.

Apesar disso, os corintianos já estudam a criação de uma pré-temporada em Itaquera, inclusive com chance de participação de outros brasileiros, como Atlético-MG e Flamengo.

Inaugurada em 2015, a ideia da Florida Cup era internacionalizar marcas e prospectar oportunidades de negócio nos Estados Unidos, onde o futebol ainda tem espaço para crescer. Em entrevista ao UOL Esporte no início deste ano, os organizadores falaram até em levar a competição para a Ásia.

Os gastos exagerados, problemas na transmissão, o calendário apertado e até mesmo o nível dos participantes europeus colocam todo o projeto em xeque.

No ano passado, o Corinthians participou da competição a contragosto. O time chegou a desistir da competição, mas preferiu não quebrar o contrato para não enfrentar as cláusulas de rescisão. Os prejuízos chegam perto da casa de R$ 1 milhão.

Com problema semelhante, o Atlético-MG preferiu mandar o time de juniores para a competição e estuda fazer o mesmo com a edição do ano que vem.

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