Sem Renato Augusto e Jadson, negociados com o futebol chinês, Rodriguinho foi aposta de Tite no Corinthians no primeiro semestre de 2016.
Em 18 jogos oficias entre Paulistão, Copa do Brasil e o início do Brasileirão, acumulou três gols, perdeu dois pênaltis – um na semifinal estadual contra o Audax –, e chegou ao ponto de ser bem vaiado em substituição no empate contra o Grêmio, em Itaquera, na estreia do campeonato.
Imediatista, o torcedor o queria longe do Timão…
Valorizado também com Cristóvão Borges, inicialmente escalado como segundo volante, o jogador de 28 anos cresceu na retomada do esquema 4-1-4-1 ao ganhar novamente função de armador, tendo liberdade para passar, driblar e chutar a gol. Ambidestro, marcou quatro gols em 17 jogos no pós-Tite, dois nas oitavas de final da Copa do Brasil, no 1 a 1 no Rio e no 1 a 0 em São Paulo, que classificaram o Timão.
De seus pés, ainda saíram assistências para gols de Romero, contra o Flamengo, e Marlone, diante do Santos. O crescimento, para Cristóvão Borges, foi um dos frutos de seu trabalho.
“Rodriguinho hoje é o destaque do time, as pessoas do clube me falaram que é o grande momento dele no Corinthians. Foi uma coisa importante da minha função”, disse Cristóvão. A ascensão de Rodriguinho no Timão passou por três pontos: insistência, paciência e trabalho.
Em um ano de maior responsabilidade, o jogador aprimorou pontos que careciam de melhora, como cabeceio e marcação, e teve de chance de, com sequência de jogos, colocar em prática suas principais qualidades: visão de jogo e chutes de média/longa distância.
Com mudanças de treinador no período e constante mutação do elenco, sofreu com a oscilação do time, assim como a maioria dos jogadores. Para não se abater com críticas, restringiu o acesso a suas redes sociais apenas a amigos. Assim, deixou de ler xingamentos que vinham trazendo incômodo para o dia a dia.
“Eu parei de acompanhar já faz um tempinho. Até porque quando você fica olhando umas coisas que não nos agrada acaba prejudicando. A confiança ajuda muito”, disse ele, em entrevista recente.
Com proposta da Turquia, foi mantido pela diretoria por conta das outras perdas no setor. Sem Elias e Bruno Henrique, negociados, ganhou cadeira cativa no time, de onde não saiu nos últimos nove jogos. Com contrato até o fim de 2017, deve voltar a sofrer assédio no fim de 2016.