Corinthians detecta gastos abusivos, muda e arrecada mais com Fiel Torcedor

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A arrecadação do Corinthians com o programa Fiel Torcedor deverá aumentar em 2016 após revisões no acordo com a Omni, gestora do programa.

Nos últimos meses, a gestão do presidente corintiano Roberto de Andrade realizou revisão nos termos com a parceira, o que incluiu a mudança de alguns fornecedores da Omni. Esse processo alterou a divisão da cota recebida, já que a empresa foi forçada a trocar alguns desses fornecedores. Por consequência disso, o clube passa a abocanhar uma parte maior do dinheiro arrecadado com as mensalidades.

De acordo com os cálculos realizados pelo Corinthians, as quantias arrecadadas pela Omni, que já foram de aproximadamente 55% durante a gestão do ex-presidente Mário Gobbi, desceram para 50% no último exercício (2015). Há a convicção de Roberto e sua equipe de confiança que, após todas as renegociações, a arrecadação corintiana é que irá ser superior a 50%, o que inverte a lógica desde que o Fiel Torcedor se estabeleceu.

Gestora do programa de sócios desde que ele foi estabelecido, ainda durante a administração do presidente Andrés Sanchez (2008), a Omni refez o acordo com o Corinthians, já sob o comando de Gobbi, até 2019. O sistema de cálculos é complexo e protegido por cláusulas de confidencialidade, mas em geral assegurava à empresa um lucro superior a 50% do que era arrecadado com o Fiel Torcedor. Hoje, há mais de 130 mil membros no programa.

No último ano, a quantia recebida com o programa de sócios foi de aproximadamente R$ 19 milhões, sendo cerca de R$ 9,5 milhões para cada uma das partes. As estimativas do Corinthians para 2016, entretanto, são ainda maiores e preveem uma arrecadação de R$ 24 milhões, sendo R$ 13,2 milhões para o clube na proporção de 55% de participação corintiana contra 45% de participação para a empresa (aumento de R$ 3,7 milhões em relação a 2015). Esses valores não incluem a venda de ingressos, que vai diretamente para o fundo da Arena Corinthians.

No processo de discussão com a Omni, o presidente Roberto de Andrade determinou que não fossem discutidas cláusulas já estabelecidas em contrato, já que a empresa recusou essa revisão ainda durante a gestão Gobbi. Mas que o Corinthians solicitasse explicações pelos preços cobrados pela Omni. Em alguns casos, o clube mostrou à empresa que ela havia contratado subfornecedores que praticavam preços muito acima do mercado.

O teor desses acordos é protegido por cláusulas de confidencialidade, mas o Corinthians conseguiu aumentar o dinheiro arrecadado na medida em que a Omni reduziu suas despesas na mudança de fornecedores de 2015 para 2016.

A parceria entre Corinthians e Omni, por sinal, corre sério risco de acabar em pouco tempo. O clube tenta quebrar o contrato com a empresa para repassar a gestão do Fiel Torcedor ao grupo que vai adquirir os naming rights da Arena.

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