Jogadores recusam saídas e dificultam reformulação pensada pelo Corinthians

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Não são apenas Paolo Guerrero e Emerson Sheik. É bastante provável que, nas próximas semanas, o elenco do Corinthians sofra novas baixas por questões financeiras. Um dos grandes problemas tem sido encontrar quem esteja disposto a sair. Pelo menos quatro jogadores tiveram essa possibilidade nos últimos dias, mas preferiram permanecer.

Um caso recente foi do meia Danilo, consultado sobre a possibilidade de se transferir para o Fluminense. O contrato entre Corinthians e ele tem vigência até dezembro e a chance de renovação é remota. Mesmo assim, o veterano disse não. É certo que, para atuar nas Laranjeiras, o salário dele deveria ser reduzido – hoje é de aproximadamente R$ 250 mil por mês. Esse contexto também fez com que o Fluminense não se animasse.

Outro jogador inclinado a permanecer mesmo envolvido em negociação é o zagueiro Gil. Segundo publicado recentemente pelo UOL Esporte, o agente Carlos Leite tem negociação em curso com o Wolfsburg-ALE para uma transferência no meio do ano. Já no último fim de semana, o superintendente de futebol Andrés Sanchez esteve na Alemanha para acompanhar a decisão da Liga dos Campeões. Mas, de acordo com o jornal Diário de São Paulo, também tratou da transferência com o clube alemão. Para concretizar a transação, porém, o jogador deverá ser convencido.

Ocorreu, ainda, com Renato Augusto e Elias. O primeiro foi consultado pelo Flamengo sobre a possibilidade de transferência, mas afirmou que prefere permanecer no Corinthians. O meia acredita que ainda precisa retribuir ao clube por ter perdido muitas partidas por lesões em 2013. Já Elias teve proposta oficial do Fla e a chance de vendê-lo animou a diretoria corintiana. O volante, entretanto, demonstrou o desejo de permanecer e disse que os dirigentes deveriam assumir isso publicamente caso optassem pela negociação.

Em carta aberta aos torcedores, o presidente Roberto de Andrade, de certa forma, assumiu a situação: o Corinthians precisa diminuir sua folha salarial, mas enfrenta dificuldades no processo. “Estamos passando por um momento de transição e reformulação em nosso elenco. É importante que o torcedor saiba que o Clube, isoladamente, não define o destino de nenhum atleta. Para que haja uma transferência, é necessária a expressa e formal anuência do atleta. Ou seja, é necessário que o atleta queira sair”, declarou.

Segundo previsão da diretoria do Corinthians, a folha salarial deveria ser reduzida em 15% no segundo semestre, uma economia que não é alcançada somente com as saídas de Paolo Guerrero e Emerson Sheik. O departamento de futebol, inclusive, trabalha para contratar três jogadores, o que indica a necessidade de realizar outras negociações de saída para cumprir a meta.

A prioridade é para negócios que não aliviem apenas a folha salarial, mas ponham dinheiro em caixa (como a venda de Gil), aliviem despesas futuras (como Elias, por quem o Corinthians tem R$ 10 milhões a pagar nos próximos três anos) ou ainda diminuam o passivo atual (caso do volante Ralf).

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