PM ameaçada ou Gaviões perseguida politicamente? As versões sobre briga

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Patrulha ameaçada por torcedores do nada, cavalaria atacada a pedradas, viatura depredada, uma policial militar com braço quebrado, outro com uma luxação e uma farda da PM rasgada.

Torcida organizada perseguida politicamente por policiais, agredida sem ter feito nada, mulheres e crianças desesperadas por estarem na mira da PM, e bombas de gás atiradas desnecessariamente.

Se você perguntar para quem estava na saída do setor norte da Arena Corinthians na partida contra o Linense, no último sábado, sobre a confusão que houve lá vai ouvir uma das duas versões. Dependerá se quem responde usa farda da PM ou da Gaviões da Fiel.

Os dois lados afirmam que foram agredidos sem justificativa.

Indagada pelo blog, a PM enviou nota, via assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmando que a confusão começou no momento em que patrulha composta por três policiais acompanhava a saída de uma torcida organizada (o nome da uniformizada não foi revelado).

De repente, de acordo com a versão policial, integrantes dessa torcida começaram a ameaçar os PMs. Então, policiais da cavalaria que observavam a dispersão dos torcedores do lado de fora da arena “se aproximaram e foram recebidos a pedradas”.

Porém, três torcedores ouvidos pelo blog e que preferiram não se identificar, afirmaram que a Gaviões não provocou a PM. Disseram que os policiais partiram para a agressão simplesmente por não engolirem os protestos feitos pela torcida contra Globo, Federação Paulista, e o deputado estadual Fernando Capez, além de cobrar as contas referentes ao estádio corintiano.

Eles afirmam que a torcida tem sido perseguida sistematicamente pela PM desde que começou a protestar. Dois motivos são apontados longe dos microfones pelos torcedores para a suposta perseguição. O argumento mais usado é o de que PM os ataca porque Capez, presidente da Assembleia Legislativa paulista, é filiado ao PSDB, partido do governador Geraldo Alckmin. A PM é vinculada ao governo do Estado. Quando era promotor, Capez combatia as organizadas. Hoje é alvo de investigações sobre supostas irregularidades em licitações para fornecimento de merenda escolar.

A outra motivação estaria ligada ao fato de policiais também tomarem as dores da federação, que tem dois diretores que ocuparam postos de comando como coronéis na PM: Marcos Cabral Marinho de Moura, que cuida do departamento de segurança e prevenção de violência, e Isidro Suita Martinez, vice-presidente de competições.

Em sua nota oficial sobre o caso, a Gaviões disse apenas suspeitar que a motivação dos policiais seja a “censura opressiva”.

A declaração é uma referência ao desentendimento que aconteceu após o primeiro protesto feito este ano pela organiza na Arena Corinthians, depois de ser punida pela FPF com a proibição de entrar com faixas que a identifiquem nos estádios durante dois meses. O castigo foi aplicado porque a organizada ascendeu sinalizadores no Pacaembu na final da Copa São Paulo. A PM tentou tirar as faixas de protesto e houve confronto. Na ocasião, em nota ao blog, a polícia militar disse que agiu daquela forma por entender a FPF vetara todas as faixas da torcida.

Após a confusão, a federação emitiu comunicado afirmando que não via motivo para a manifestação ser coibida. Os protestos continuaram e a tensão entre PM e Gaviões foi aumentando. Também houve atrito após o jogo do Corinthians contra o Cerro Porteño, na quarta passada.

Abaixo leias as notas oficiais emitidas por PM, Gaviões e Federação Paulista sobre o assunto.

Polícia Militar

“A Polícia Militar esclarece que uma patrulha de policiais, composta por três PMs, acompanhava a saída de torcedores quando integrantes de uma torcida organizada do Corinthians começaram a ameaça-los. Policiais da Cavalaria, que acompanhavam a dispersão na parte externa do estádio, se aproximaram e foram recebidos a pedradas pelos torcedores. Três PMs ficaram lesionados – uma policial quebrou o braço e precisou passar por cirurgia, um PM teve luxação no braço e outro teve a farda rasgada. Além disso, uma viatura foi danificada. Para dispersar o tumulto, foi necessário uso de munição não letal“.

Gaviões da Fiel

“Ontem (19/03), após o término da partida entre Corinthians e Linense, em Itaquera, novamente fomos alvos de uma ação desproporcional e incabível por parte da Policia Militar do Estado de São Paulo.

Em um intervalo de três dias, diversos vídeos e relatos de torcedores no geral, escancararam ações violentas por parte da PM nas partidas do Corinthians, sem que houvesse qualquer motivo minimamente plausível para sustentar alguma justificativa por parte do comando.

Os Gaviões da Fiel vem a público lamentar que em tempos de democracia, o motivo mais aparente para se suspeitar das ações policiais, seja justamente a tentativa de uma censura opressiva.

Reforçamos nossa persistência e continuidade com as lutas que consideramos de suma importância para o futebol brasileiro, e nos compromissamos com todos os torcedores, a nos mantermos contestando e cobrando todo e qualquer órgão, empresa ou mandatário que queira se apropriar de uma cultura que é do povo.

Já entramos em contato com a diretoria do Corinthians e eles se compromissaram a cobrar explicações por parte do comando da Policia Militar, além de prestar os devidos esclarecimentos à sua própria torcida.

Levando em consideração que a Policia Militar é PAGA pelo Sport Club Corinthians Paulista para prestar um serviço de segurança privada (mesmo sendo um órgão de segurança pública), consideramos uma falta de respeito ainda maior o tratamento com que os contratados estão tendo com a torcida de seus contratantes.

A todos os torcedores, organizados ou não, pedimos atenção, cuidado e apoio, pois nossa luta está só começando. E essa luta, é de todos nós!”

FPF

“A Federação Paulista reitera o conteúdo já divulgado em nota oficial datada de 18 de fevereiro: a entidade não se opõe a nenhum tipo de manifestação pacífica durante os jogos, e seus regulamentos não vetam a exibição de faixas ou bandeiras de protestos. A FPF defende, sim, a liberdade de expressão, princípio básico da democracia”.

9 comments
  1. Ae o negócio não é à PM mais sim à globo quer mandar n quintal dos outros emissora servegonha quer mandar n país o governo de são Paulo apóia a globo com essa safadeza ele deveria cuidar melhor da cidade q tá tomada d ladrões e ele é um servegonha roubou o dinheiro da merenda escolar esse capacho da globo eles tem q saber aqui é uma família que defende o timão

  2. Ae o negócio não é à PM mais sim à globo quer mandar n quintal dos outros emissora servegonha quer mandar n país o governo de são Paulo apóia a globo com essa safadeza ele deveria cuidar melhor da cidade q tá tomada d ladrões e ele é um servegonha roubou o dinheiro da merenda escolar esse capacho da globo eles tem q saber aqui é uma família que defende o timão

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