Presidente vai contra, mas desafetos assumem camarote na Arena Corinthians

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  • Reprodução

    Camarote de dois andares da Arena Corinthians foi aberto para torcedores

    Camarote de dois andares da Arena Corinthians foi aberto para torcedores

O lançamento do camarote do Fiel Torcedor na Arena Corinthians ampliou, nos últimos dias, a tensão entre o presidente Roberto de Andrade e o Grupo Omni, parceiro do clube em uma série de projetos no estádio e no Parque São Jorge.

À revelia de Roberto, que se mostrou contrário e inclusive manifestou sua posição por e-mail, a Omni assumiu um dos principais camarotes do estádio. O espaço passou por reforma antes de ser inaugurado no Campeonato Brasileiro. Ele ocupa dois andares da Arena e fica localizado próximo à bandeira de escanteio entre os setores Sul e Oeste. 

A justificativa do presidente do Corinthians para que o camarote não fosse inaugurado dizia respeito a despesas no projeto. Essa posição foi reforçada pelo diretor financeiro Emerson Piovesan, que também era contrário. Ambos preferiam que o espaço fosse comercializado: ao mercado, o preço do camarote vinha sendo apresentado por aproximadamente R$ 1 milhão/ano pelo aluguel.

A intenção da Omni em lançar o camarote para os torcedores mais assíduos está ligada à administração do programa Fiel Torcedor, feita pela empresa desde sua inauguração, há uma década. O mesmo grupo é responsável pelo acesso ao Parque São Jorge, pela operação e também administração do estacionamento, ambos da Arena Corinthians. Além disso, dá nome ao teatro do clube. 

Ao longo de sua administração, o presidente Roberto de Andrade tentou, sem sucesso, diminuir a participação da Omni internamente. Ele tentou renegociar e rescindir o acordo referente ao Fiel Torcedor, que deixa em média 50% de seus rendimentos para a empresa. Recentemente, chegou a anunciar a rescisão do contrato para a operação do estacionamento, mas não teve sucesso – a Omni conseguiu manter o acordo válido.

O ex-presidente Andrés Sanchez, por sua vez, defendeu a posição da Omni, segundo apurou a reportagem. As interferências de Roberto de Andrade em relação aos contratos citados acima estão entre os temas que ampliaram os atritos entre Andrade e Sanchez ao longo da atual administração.

À reportagem, porém, Andrés negou participar da ocupação do camarote e disse que, se alugado, o espaço deverá ser pago ao Corinthians. Perguntas foram enviadas ao clube e à Omni, que não responderam até a publicação. 

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