Timão reduz folha em R$ 1,8 milhão e ganha fôlego para acertos e reforços

Roberto de Andrade Corinthians

As baixas recentes de jogadores no Corinthians fizeram o clube economizar pelo menos R$ 1,8 milhão por mês em salários e encargos, de acordo com a diretoria alvinegra comandada pelo presidente Roberto de Andrade. O montante se encaixa na tentativa de reduzir os gastos e amenizar a crise financeira vivida pelo Timão. Mesmo assim, há espaço reservado para reforços.

Teo Gutiérrez, atacante do River Plate, vai à Argentina tentar sua liberação e acertar com o Corinthians por cerca de R$ 400 mil mensais. Este deve ser o único reforço caro para o segundo semestre. Nomes como o atacante Rildo, também contratado, vão ganhar valores mais modestos.

Dessa forma, a diretoria entende que as contratações não vão ferir a atual política de redução de gastos. As saídas de Emerson, Guerrero, Fábio Santos, Petros e Matheus Cassini aliviaram a situação do clube, que acreditava ter uma folha de pagamento inchada.

As dívidas, claro, contribuem para o pé no freio. A diretoria financeira avalia que o Corinthians ainda tem cerca de R$ 8 milhões a pagar em direitos de imagem e premiações atrasadas – até mesmo quem não está mais no clube, caso do técnico Mano Menezes, tem valores a receber.

Para isso, o clube espera fechar logo um novo empréstimo para quitar os débitos. No início do ano, antes de Roberto de Andrade assumir o cargo, as dívidas totais do Corinthians ultrapassavam os R$ 300 milhões.

A crise financeira e a postura cautelosa fizeram o clube evitar “loucuras” para renovar com Paolo Guerrero. O peruano não reduziu a pedida inicial de cerca de R$ 18 milhões em luvas e se transferiu para o Flamengo – o salário estava na casa dos R$ 500 mil.

No mesmo patamar estava Emerson, que não teve contrato renovado e também foi para o Flamengo. Fábio Santos foi negociado.

A ideia da diretoria do Corinthians é reduzir ainda mais os gastos nos próximos meses. O volante Ralf e o zagueiro Gil ainda podem sair na janela de transferências do meio do ano – sem contar o atacante Alexandre Pato, emprestado ao São Paulo e que recebeu recentemente R$ 4 milhões em direitos de imagem atrasados do Timão.

Além disso, o meia Danilo não deve ter o contrato renovado em dezembro. O processo de reconstrução tem como meta viver temporadas mais tranquilas e evitar adiantamentos de cotas de televisão e patrocínios, algo que vinha acontecendo com frequência nos últimos anos.

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