Silêncio externo, cobrança interna: Tite inicia ano tenso no Corinthians

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Em 27 de novembro do ano passado, poucos dias antes do encerramento do Campeonato Brasileiro, o técnico Tite deu um recado claro a dirigentes e jogadores do Corinthians: a manutenção do elenco seria o maior reforço alvinegro para 2016. Menos de dois meses depois, o técnico inicia a nova temporada sem pelo menos quatro titulares. Outros três devem deixar o clube nos próximos dias.

Por isso, a cobrança aumentou por parte da comissão técnica. Logo no primeiro dia de trabalho do ano, na última quarta-feira, Tite sequer foi a campo e se reuniu com a diretoria alvinegra durante toda a tarde, deixando o treino no gramado do CT Joaquim Grava a cargo de seus auxiliares.

O técnico quis entender a nova situação do clube, ouviu que nada poderia ser feito diante da investida chinesa e pediu pelo menos mais três ou quatro reforços. O tom foi de cobrança mais intensa, já que o Corinthians tem uma Libertadores pela frente e busca o bicampeonato.

Tite não esperava o desmanche quase instantâneo do time campeão brasileiro. Em dezembro, apenas Jadson foi negociado entre os titulares – acertou com o Tianjin Quanjian, da China. Nos primeiros dias de 2016, porém, o técnico viu seu planejamento desmoronar. Renato Augusto e Ralf também vão para o futebol chinês; e Love, para o francês. Cássio, Elias e Gil são os próximos na fila do adeus.

O técnico ainda está em silêncio em 2016. Ele deve conceder entrevista coletiva nos próximos dias e detalhar seus sentimentos. O técnico sabe que terá de fazer a segunda grande reconstrução do elenco em um período pouco superior a seis meses. É isso que a cúpula alvinegra espera dele.

“Todos vocês achavam que iríamos brigar para não cair. O Corinthians é muito grande. A torcida é maior que o Corinthians. Vamos trabalhar com seriedade para fazer um time que brigue pelo título novamente”, afirmou o presidente Roberto de Andrade, em coletiva na quinta-feira.

Entre maio e junho do ano passado, o Corinthians negociou três titulares e um reserva constantemente utilizado: Guerrero, Emerson Sheik, Fábio Santos e Petros. Desta vez, a possibilidade é de até sete titulares campeões brasileiros.

Por outro lado, chegaram apenas Marlone, Moisés, Alan Mineiro e o goleiro Douglas. E Alexandre Pato voltou de empréstimo. Marquinhos Gabriel está mais distante, e André, agora no Atlético-MG, precisa obter sua liberação do clube mineiro para acertar com o Timão. O meio-campo virou prioridade.

Preocupado, Tite também revê a relação dos jogadores que vão para o período de treinos nos EUA – lá, o time disputa três amistosos. Enquanto reforços não chegam, mais nomes das categorias de base podem aparecer na lista, inclusive alguns que disputam a atual edição da Copa São Paulo: Matheus Pereira é o principal caso.

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